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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003

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BASQUETE

Empresários internacionais põem brasileiros em torneios de exibição na Europa e nos EUA

Agentes garimpam novos Nenês

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O sucesso conseguido por Nenê em sua primeira temporada na NBA tem motivado os agentes internacionais a intensificarem sua atuação no Brasil. Hoje, pelo menos três empresas investem no país para tentar levar jogadores para a Europa ou os EUA.
A companhia com atuação mais antiga é a Martin & Maffia, que, neste ano, tenta encaixar Anderson Varejão na NBA. O ala-pivô do Barcelona aparece bem cotado para conseguir uma vaga na liga. Segundo um site especializado (www.nbadraft.net), Anderson, primeiro brasileiro a ganhar a Euroliga, seria a 21ª escolha do draft.
"Atuar na Europa ampliou muito a visibilidade do Anderson. Cada jogo do Barcelona nas finais da Euroliga era presenciado por uns 20 olheiros da NBA", conta Luis Martin, da Martin & Maffia.
Responsável pela transferência de Nenê para o Denver, José Santos, que trabalha para o americano Michael Coyne, agora tenta colocar Leandrinho, ex-Bauru, na NBA. Há quase dois meses nos EUA, o armador já fez testes em vários times, como Chicago, Milwaukee, Boston e Golden State.
"O Leandrinho treinará em quase todos os times", diz Santos, que também levou o ala Jefferson, outro ex-atleta do Bauru, para jogar uma liga de verão pelo Seattle.
A Sola Sports, do espanhol Miquel Sola, é a mais nova empresa a abrir representação no país. Com um escritório em Maringá (PR), a companhia mandará, na próxima terça-feira, o pivô André Bambu (Uniara) e o armador Marcelinho (Pinheiros) para atuarem em uma liga de verão espanhola pelo Leche Rio Breogán, de Lugo.
"Há pelo menos dois times interessados no André Bambu. As chances de ele ser aproveitado na Espanha são grandes", conta Vinícius Fontana, um dos brasileiros que trabalham para Sola.
A empresa agencia algumas estrelas da Espanha, como o armador Juan Carlos Navarro (Barcelona) e o ala-pivô Maciej Lampe (Real Madrid), apontado como uma das prováveis primeiras escolhas do próximo draft da NBA.
Atletas mais rodados, como o pivô Michel, que já atuou pela seleção, também tentam vaga na Espanha -ele fará testes no Girona.
"Mas nossa prioridade é tentar encaixar o Michel na NBA", diz Rodrigo Sperandio, outro agente da Sola Sports no Brasil.
Para isso, o pivô deixou o Minas durante o Nacional -nem pegou o Ribeirão, pelas semifinais do torneio- e viajou aos EUA, onde jogará em outra liga de verão.
Atletas quase desconhecidos no Brasil, que estavam nos EUA, também tentam vaga na Espanha.
É o caso do armador Guilherme Luz, ex-Franca, e do pivô Pablo Broering, da Universidade do Havaí, que treinarão no Valencia. A colônia brasileira contará até com o juvenil Felipe Sarno, do Franca, requisitado pelo Barcelona.
"O mercado está mais aberto aos brasileiros, mas ainda estamos verdes. Temos potencial para encaixar tantos atletas no exterior quanto a Argentina", diz Fontana, referindo-se ao rival sul-americano que conta com quase toda a sua seleção atuando fora do país.


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