São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2006

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Copa 2006

Corte de Edmílson dá mais força ao quarteto

Volante era primeira escolha de Parreira para mudar time titular

Considerado peça-chave por Zagallo, atleta disputou os três amistosos da seleção em 2006 e, agora, sua saída abre espaço a Gilberto Silva


DOS ENVIADOS A WEGGIS

O coordenador Zagallo deu a senha pouco depois do anúncio do corte de Edmílson na Suíça. "Ele se tornaria durante a competição [a Copa da Alemanha] uma peça muito importante."
E é isso mesmo. Se optasse por desmontar o seu "quarteto mágico", o que promete fazer caso o esquema não funcione na Copa, o volante do Barcelona era o primeiro da fila para entrar no time. A chance maior seria a saída de um atacante para a sua entrada, com a volta de Zé Roberto para a armação.
Carlos Alberto Parreira sempre mostrou entusiasmo por Edmílson. Mesmo quando o atleta se recuperava da sua primeira grande contusão no joelho, o treinador deixava claro que esperava ansioso por sua volta, tanto que pouco antes da sua convocação final, quando dizia que não falaria sobre nomes, garantiu que o chamaria.
Nas últimas três partidas da seleção, Edmílson entrou no decorrer dos confrontos, incluindo o de anteontem diante do Lucerna e o gélido amistoso contra a Rússia em Moscou.
Parreira o colocou em um lote, que também tinha Juninho e Robinho, que não podiam ser considerados como reservas.
Agora, o primeiro na fila para mudar o quarteto é outro volante, mas sem a mesma polivalência de Edmílson, que encantava Parreira também por conseguir jogar como zagueiro.
Gilberto Silva, 29, também ficou longe da seleção por um bom tempo por contusão. Assim que se recuperou (teve boa performance nesta temporada no Arsenal), voltou a freqüentar as convocações de Parreira.
O volante mineiro repete o discurso dos chefes na seleção e da maioria de seus companheiros. "Todo mundo vai querer ganhar do Brasil", disse Gilberto Silva, que, assim como Edmílson, foi titular de Luiz Felipe Scolari na campanha que deu ao país o quinto Mundial.
Uma hipótese menos provável caso o quarteto seja desmontado durante o Mundial é Juninho. Mas Parreira o coloca como reserva de Kaká na meia, e não como segundo volante, função que ele executa no Lyon. Sem a acomodação típica de outros reservas da seleção, ele já não vê futuro longo para ele no time nacional. "Sei da velocidade de renovação do futebol brasileiro. Esta será a minha primeira e última Copa", falou Juninho, que na África do Sul, em 2010, terá 35 anos.
Mineiro, o substituto de Edmílson, tem um estilo mais parecido com o de Gilberto Silva: marcação e toques curtos. (PAULO COBOS, RICARDO PERRONE, SÉRGIO RANGEL E EDUARDO VIEIRA DA COSTA)


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