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Copa 2006
Corte de Edmílson dá mais força ao quarteto
Volante era primeira escolha de Parreira para mudar time titular
Considerado peça-chave por
Zagallo, atleta disputou os
três amistosos da seleção
em 2006 e, agora, sua saída
abre espaço a Gilberto Silva
DOS ENVIADOS A WEGGIS
O coordenador Zagallo deu a
senha pouco depois do anúncio
do corte de Edmílson na Suíça.
"Ele se tornaria durante a competição [a Copa da Alemanha]
uma peça muito importante."
E é isso mesmo. Se optasse
por desmontar o seu "quarteto
mágico", o que promete fazer
caso o esquema não funcione
na Copa, o volante do Barcelona era o primeiro da fila para
entrar no time. A chance maior
seria a saída de um atacante para a sua entrada, com a volta de
Zé Roberto para a armação.
Carlos Alberto Parreira sempre mostrou entusiasmo por
Edmílson. Mesmo quando o
atleta se recuperava da sua primeira grande contusão no joelho, o treinador deixava claro
que esperava ansioso por sua
volta, tanto que pouco antes da
sua convocação final, quando
dizia que não falaria sobre nomes, garantiu que o chamaria.
Nas últimas três partidas da
seleção, Edmílson entrou no
decorrer dos confrontos, incluindo o de anteontem diante
do Lucerna e o gélido amistoso
contra a Rússia em Moscou.
Parreira o colocou em um lote, que também tinha Juninho
e Robinho, que não podiam ser
considerados como reservas.
Agora, o primeiro na fila para
mudar o quarteto é outro volante, mas sem a mesma polivalência de Edmílson, que encantava Parreira também por conseguir jogar como zagueiro.
Gilberto Silva, 29, também ficou longe da seleção por um
bom tempo por contusão. Assim que se recuperou (teve boa
performance nesta temporada
no Arsenal), voltou a freqüentar as convocações de Parreira.
O volante mineiro repete o
discurso dos chefes na seleção e
da maioria de seus companheiros. "Todo mundo vai querer
ganhar do Brasil", disse Gilberto Silva, que, assim como Edmílson, foi titular de Luiz Felipe Scolari na campanha que
deu ao país o quinto Mundial.
Uma hipótese menos provável caso o quarteto seja desmontado durante o Mundial é
Juninho. Mas Parreira o coloca
como reserva de Kaká na meia,
e não como segundo volante,
função que ele executa no
Lyon. Sem a acomodação típica
de outros reservas da seleção,
ele já não vê futuro longo para
ele no time nacional. "Sei da velocidade de renovação do futebol brasileiro. Esta será a minha primeira e última Copa",
falou Juninho, que na África do
Sul, em 2010, terá 35 anos.
Mineiro, o substituto de Edmílson, tem um estilo mais parecido com o de Gilberto Silva:
marcação e toques curtos.
(PAULO COBOS, RICARDO PERRONE, SÉRGIO
RANGEL E EDUARDO VIEIRA DA COSTA)
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