São Paulo, domingo, 01 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Há 50 anos
1º.jun.1958

Seleção goleia Inter em Milão

O escrete nacional está pronto para sua estréia no Mundial da Suécia, no próximo domingo, em Uddevala, contra a Áustria. Hoje, em Milão, a equipe do técnico Vicente Feola goleou a Inter por 4 a 0 exibindo entrosamento. A delegação embarca amanhã para Roma e, de lá, desloca-se a Gotemburgo.
A demonstração de força da seleção brasileira ficou evidente ao se analisar a quantidade de finalizações do time: 26.
Como já havia acontecido diante da Fiorentina, na quinta-feira (outro triunfo por 4 a 0), Mazola, autor de dois gols naquela partida, voltou a arrancar aplausos entusiasmados: o palmeirense marcou um golaço de bicicleta na etapa final.
Os outros gols brasileiros foram anotados por Dino Sani (após passe decisivo de Mazola), Dida e Zagallo.
"Passou a fase dos treinos. Vamos pensar nos jogos", afirmou Feola. No Mundial, o Brasil está no Grupo 4, com Inglaterra e URSS, além da Áustria.
A julgar pela etapa de preparação, o quadro brasileiro se apresentará no campeonato do mundo como um dos favoritos a levantar a Taça Jules Rimet.
Foram sete jogos (dois contra Paraguai e Bulgária, mais os enfrentamentos com Corinthians, Fiorentina e Inter de Milão), e o escrete obteve seis triunfos e um empate. A equipe brasileira marcou 25 gols e sofreu apenas dois. A excelência do setor ofensivo arrancou elogios dos treinadores europeus.

OBJETO DO DESEJO
A Jules Rimet já está exposta na vitrine de uma das lojas da Kungsgatan ("rua do Rei", em sueco) de Estocolmo, atraindo as atenções dos transeuntes do luxuoso endereço. Cobiçado pelos brasileiros, o troféu instituído em 1930 foi erguido por alemães, italianos e uruguaios.

APITO VETADO
O árbitro brasileiro Alberto da Gama Malcher foi excluído da Copa. "Tínhamos um argentino e um uruguaio. Não precisávamos do brasileiro", disse Kurt Gassmann, secretário-geral da Fifa. Juan Brozzi (ARG) e Jose Maria Codesal (URU) representarão nosso continente.

LIRAS OU DÓLARES?
A etapa italiana foi pródiga em compras. Sapatos e cintos foram os preferidos, mas os jogadores tiveram problemas com o câmbio. Bellini pensou estar fazendo um bom negócio ao adquirir um calçado, mas, ao converter a peça em dólares, constatou ter perdido dinheiro.


Texto Anterior: Juca Kfouri: O clássico dos erros
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.