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Polícia quer ouvir Adriano sobre fotos com "armas"
Ex-jogador do Flamengo é chamado a depor sobre suposto elo com tráfico
DIANA BRITO
DO RIO
O atacante Adriano não
compareceu ontem à 38ª DP
(Brás de Pina) para prestar
esclarecimentos sobre suposta ligação com pessoas
relacionadas à quadrilha de
Fabiano Atanásio da Silva, o
FB, 34, chefe do tráfico de
drogas da Vila Cruzeiro.
Uma segunda notificação
foi expedida para que o jogador se apresente até amanhã.
De acordo com o delegado
Luiz Alberto de Andrade, o
advogado do jogador, Adilson Fernandes, disse que
Adriano não foi à delegacia
"por questões pessoais", mas
não explicou quais seriam.
O ex-atleta do Flamengo
viajará no domingo para a
Itália, onde defenderá a Roma. Por isso, o delegado afirmou que poderá usar "de
prerrogativas legais" para fazê-lo ir à delegacia.
"Ele não é indiciado, por
isso não vamos expedir mandado de prisão. Mas acho
conveniente que se apresente para mostrar que não tem
envolvimento com o caso
que estamos investigando",
afirmou Andrade.
Do inquérito constam fotos nas quais o jogador aparece fazendo o símbolo do
Comando Vermelho e segurando o que parece ser uma
arma. A seu lado nas duas fotos está o volante Ives Antero
de Souza, 24, do Paraná Clube, repetindo os gestos.
A polícia investiga se as fotos podem ser consideradas
apologia ao tráfico.
De acordo com Gilmar Rinaldi, empresário de Adriano, a suposta arma empunhada pelo atleta é uma pistola de paintball. Ives exibiria a base de um abajur, em
formato de arma, ainda de
acordo com o empresário. As
fotos teriam sido feitas em
Milão, onde Adriano morava.
A arma dourada exibida
por Ives é semelhante à linha
de luminárias criadas em
2008 por Philippe Starck.
O designer usa reproduções de pistolas Beretta e fuzis AK-47 (como o da foto)
como suporte para as cúpulas dos abajures.
No site norte-americano
www.unicahome.com, um
abajur de mesa com base
imitando um fuzil AK-47
dourado custa US$ 1.756 (o
equivalente a R$ 3.188).
Em reportagem apresentada ontem no "RJTV", a TV
Globo informou que há alguns meses teve acesso às fotografias que aparecem no
inquérito, enviou equipe à
casa de Adriano e concluiu
que as armas eram falsas.
De acordo com Rinaldi, as
fotos teriam sido usadas em
2007, em uma tentativa de
extorsão sofrida pelo jogador. Depois, com o fracasso
da tentativa, teriam sido entregues à polícia.
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