São Paulo, domingo, 01 de julho de 2007

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Rio inaugura a 1ª arena só a 13 dias dos Jogos

Maracanãzinho recebe mais de 10 mil pessoas

FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO

"Quer ingresso? Tenho o que quiser aqui", gritava o cambista fora do Maracanãzinho. As entradas para a reabertura do ginásio, reinaugurado pela segunda vez na história, eram vendidas nas bilheterias por preços que iam de R$ 10 a R$ 40. Com cambistas, a R$ 50.
Um dos cambistas vendia, livremente, ingressos em frente ao portão 18, diante de dois PMs no outro lado da rua, sem ser incomodado, pouco antes da vitória da seleção feminina de vôlei sobre a Sérvia por 3 a 1. "Se quiser, ainda arrumo [ingresso] para o Pan", disse ele.
Para o jogo de ontem, não havia necessidade de recorrer aos cambistas. Dos 12.700 lugares, 10.198 estavam preenchidos.
Segundo o comitê organizador dos Jogos, cabe à Secretaria Nacional de Segurança Pública reprimir os cambistas. Mas ontem, os agentes da Força Nacional -já de prontidão nas arenas do Pan- não inibiram a ação.
No teste do remodelado ginásio Gilberto Cardoso, o Maracanãzinho, a 13 dias do início dos Jogos, a logística que será usada no evento foi aprovada: 250 voluntários trabalharam.
Desta vez, diferentemente do evento-teste no handebol, em que as informações eram desencontradas, os auxiliares sabiam orientar o público.
Nas entradas para as arquibancadas -duas espirais construídas pelo novo projeto-, voluntários, de megafone, informavam os setores do Maracanãzinho. Funcionários da limpeza recolhiam cada ponta de cigarro jogada no chão.
Nos banheiros, havia torneiras automáticas. Sanitários para cadeirantes, no entanto, ainda estavam fechados -em um deles, estava a placa "banheiro unissex cadeirantes".
"Nunca vi banheiros tão limpos em um ginásio do Brasil", disse a estudante Joana Ribeiro, 24, que comprou ingressos para a final do vôlei masculino.
O telão do novo placar eletrônico só teve pane de cinco segundos no terceiro set.
A reforma do ginásio consumiu cerca de R$ 100 milhões, sofreu com atrasos, mas agradou. "Só no Japão vi arenas assim", disse a capitã sérvia, Jelena Nikolic. "No meu país, o Maracanã é o templo do futebol. É um sonho estar neste complexo, muito lindo", afirmou o técnico da Sérvia, Zoran Terzic.
Para o público, a alimentação foi a mesma do Pan: cheeseburguer por R$ 4,50; sanduíche natural a R$ 7; refrigerante a R$ 2,50 e garrafa de água por R$ 4.
A segurança foi testada. Os torcedores passaram pelo detector de metal. No total, 200 homens da Força Nacional estavam no jogo. No ginásio, o alto-falante informava em português, espanhol e inglês, seguindo exigência para o Pan.
O ministro do Esporte, Orlando Silva (só viu o quarto set), e o governador do Rio, Sérgio Cabral foram ao jogo.


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