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Rio inaugura a 1ª arena só a 13 dias dos Jogos
Maracanãzinho recebe mais de 10 mil pessoas
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
"Quer ingresso? Tenho o que
quiser aqui", gritava o cambista
fora do Maracanãzinho. As entradas para a reabertura do ginásio, reinaugurado pela segunda vez na história, eram
vendidas nas bilheterias por
preços que iam de R$ 10 a R$
40. Com cambistas, a R$ 50.
Um dos cambistas vendia, livremente, ingressos em frente
ao portão 18, diante de dois
PMs no outro lado da rua, sem
ser incomodado, pouco antes
da vitória da seleção feminina
de vôlei sobre a Sérvia por 3 a 1.
"Se quiser, ainda arrumo [ingresso] para o Pan", disse ele.
Para o jogo de ontem, não havia necessidade de recorrer aos
cambistas. Dos 12.700 lugares,
10.198 estavam preenchidos.
Segundo o comitê organizador dos Jogos, cabe à Secretaria
Nacional de Segurança Pública
reprimir os cambistas. Mas ontem, os agentes da Força Nacional -já de prontidão nas arenas
do Pan- não inibiram a ação.
No teste do remodelado ginásio Gilberto Cardoso, o Maracanãzinho, a 13 dias do início
dos Jogos, a logística que será
usada no evento foi aprovada:
250 voluntários trabalharam.
Desta vez, diferentemente do
evento-teste no handebol, em
que as informações eram desencontradas, os auxiliares sabiam orientar o público.
Nas entradas para as arquibancadas -duas espirais construídas pelo novo projeto-, voluntários, de megafone, informavam os setores do Maracanãzinho. Funcionários da limpeza recolhiam cada ponta de
cigarro jogada no chão.
Nos banheiros, havia torneiras automáticas. Sanitários para cadeirantes, no entanto, ainda estavam fechados -em um
deles, estava a placa "banheiro
unissex cadeirantes".
"Nunca vi banheiros tão limpos em um ginásio do Brasil",
disse a estudante Joana Ribeiro, 24, que comprou ingressos
para a final do vôlei masculino.
O telão do novo placar eletrônico só teve pane de cinco segundos no terceiro set.
A reforma do ginásio consumiu cerca de R$ 100 milhões,
sofreu com atrasos, mas agradou. "Só no Japão vi arenas assim", disse a capitã sérvia, Jelena Nikolic. "No meu país, o Maracanã é o templo do futebol. É
um sonho estar neste complexo, muito lindo", afirmou o técnico da Sérvia, Zoran Terzic.
Para o público, a alimentação
foi a mesma do Pan: cheeseburguer por R$ 4,50; sanduíche natural a R$ 7; refrigerante a R$
2,50 e garrafa de água por R$ 4.
A segurança foi testada. Os
torcedores passaram pelo detector de metal. No total, 200
homens da Força Nacional estavam no jogo. No ginásio, o alto-falante informava em português, espanhol e inglês, seguindo exigência para o Pan.
O ministro do Esporte, Orlando Silva (só viu o quarto set),
e o governador do Rio, Sérgio
Cabral foram ao jogo.
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