DA REPORTAGEM LOCAL

Pouco depois do título da Espanha na Eurocopa, os sites de Barcelona e Real Madrid puxavam a sardinha para suas brasas. Os sites dos dois gigantes clubes espanhóis destacavam que seus atletas eram campeões europeus.
Fàbregas, que vive hoje na Inglaterra, destacou ao diário "Marca" que "não foi uma vitória do Real Madrid nem do Barcelona, e sim de um país". A questão mostra como a Espanha ainda tem alguns problemas como uma nação.
O Athletic Bilbao, tradicional clube basco que não tem representante na seleção que foi à Euro-08, ignorou em seu site, por exemplo, a conquista épica da "Fúria" anteontem.
O "Marca" tem feito promoção com o slogan "Todos Unidos com a Vermelha", alusão à seleção espanhola, de ""todos".
A Federação Espanhola de Futebol tem encontrado dificuldade para controlar seleções regionais, como a da Catalunha, que segue atuante internacionalmente e briga para ser reconhecida pela Fifa.
Quem ergueu o troféu da Eurocopa e comandou a festa ontem em Madri foi o goleiro Casillas, um dos ídolos do Real Madrid e jogador que teve mais contato com o rei Juan Carlos no estádio em Viena.
O time merengue da capital é visto como um braço esportivo da coroa, o que alimenta rivalidade com o catalão Barça.
"Que viva a Espanha" foi uma das músicas cantadas ontem em Madri nos festejos pelo título, o segundo do país na Eurocopa -o outro é o de 1964, na época do ditador Franco.
Torcedores pediram ao técnico campeão, Luis Aragonés, que siga à frente da equipe. Ele já havia apontado que sairia da seleção e até já teria acertado com o Fenerbahce para suceder Zico. (RC E RBU)


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