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Para aprender a vencer, rival contrata fregueses do Brasil
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
Quando o jovem atacante
holandês Ibrahim Affelay,
24, diz que "o importante é
ganhar, não importa como",
é porque algo mudou.
O discurso, comum a todos os jogadores da atual seleção da Holanda, é outro
sintoma visível da mudança
de mentalidade imposta pelo
técnico Bert van Marwijk.
Para ensinar seus jogadores a vencer, a seleção holandesa contratou dois ex-atletas que, com a camisa laranja, se acostumaram a perder.
Para o Brasil, inclusive.
Philip Cocu, 39, e Ronald
de Boer, 40, nunca deram a
volta olímpica pela Holanda.
Mas estão na África do Sul,
como auxiliares técnicos.
Os dois caíram ante o Brasil na semifinal da Copa-98
-Cocu perdeu sua cobrança
na decisão por pênaltis. "Naquela época nós já ficamos
felizes por haver chegado até
a semifinal", diz De Boer.
"Agora tenho confiança de
que podemos vencer."
O trabalho de Cocu e De
Boer é direcionado principalmente aos jovens. Palestras
em grupo e conversas ao pé
do ouvido são frequentes. Todas com a mesma mensagem: é possível vencer.
"Estamos aqui para sermos campeões. E nada
mais", costuma dizer Cocu
para o time, que ele descreve
como "pragmático" e "mais
preocupado com a defesa".
"Contra o Brasil, temos
que controlar o jogo e ter paciência", diz o atacante Eljero Elia, 23.
(EAR, MF, PC E SR)
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