São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2010

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Cambista ignora ágio em bilhetes

Em postos oficiais da Fifa, ingressos para jogo do Brasil estão esgotados

DO ENVIADO A PORT ELIZABETH

Os cambistas atuavam livremente em shoppings, praias e hotéis de Port Elizabeth. Até dentro do avião que chegava à bela cidade litorânea era possível presenciar a negociação de ingressos para o jogo da seleção brasileira contra a Holanda, amanhã.
Com o Brasil jogando no menor estádio das quartas de final, os torcedores brasileiros foram obrigados a apelar para os cambistas.
Oficialmente, os ingressos para Brasil x Holanda já se esgotaram há dois dias nos pontos de venda da Fifa em Port Elizabeth. A capacidade do estádio Nelson Mandela Bay é de 46.082 torcedores.
Sem muito o que fazer para garantir uma vaga na arquibancada, brasileiros compraram ontem os seus ingressos com cambistas.
""Viemos sem nada garantido, mas estamos nos virando. Seria uma frustração enorme ficar do lado de fora", disse o empresário mineiro Eulerson Angelo Rodrigues, 45, que assiste pela terceira vez a uma Copa.
"O bom é que o ágio praticamente não existe. Acho que eles estão com muitos ingressos na mão", acrescentou ele, que pagou cerca de US$ 400 por dois ingressos no setor mais popular do estádio. O preço de bilheteria da entrada é US$ 150.
Rodrigues já havia gasto cerca de US$ 300 num ingresso para o camarote do Ellis Park no jogo contra o Chile, na segunda. O bilhete é somente para convidados da Fifa, mas foi vendido por um cambista na porta do estádio em Johannesburgo.
O paulista Miguel Mattos, 31, teve mais sorte. Ele pagou apenas US$ 10 de ágio pelo ingresso para a quinta partida da seleção na Copa.
""Foi fácil. Ao chegar ao hotel, um funcionário me apontou um cambista de plantão, e negociei o preço bem rápido. Só fico intrigado: como pode o ingresso ter acabado nas bilheterias e ser vendido tão barato?", disse o comerciante de Campinas, que está em seu segundo Mundial.
A repressão praticamente não existe contra os cambistas em Port Elizabeth, uma das cidades mais bonitas do litoral da África do Sul.
Ontem, a Folha presenciou um cambista brasileiro oferecendo ingressos por cerca de US$ 1.000 para passageiros de um voo que deixou Johannesburgo rumo a Port Elizabeth. (SÉRGIO RANGEL)


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