São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2010

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Austrália é acusada de subornar a Fifa para receber a Copa-2022

Federação deu colares de pérolas a comitê que escolherá a sede

DO ENVIADO A JOHANNESBURGO

Uma acusação de tentativa de corrupção envolvendo a Austrália atinge a escolha da sede da Copa de 2022. A Fifa afirmou ter iniciado investigação sobre esse tema.
O jornal australiano "The Age" revelou que o comitê de candidatura do país gastou com presentes, viagens e projetos de membros do comitê da Fifa que escolhe onde será o Mundial.
Segundo documentos da FFA (Federação de Futebol Australiana), obtidos pelo jornal, a sua campanha comprou colares de pérolas para mulheres dos 24 integrantes da cúpula da entidade organizadora da Copa.
Foram dados em 2008, em reunião dos australianos com cartolas da Fifa, antes do início oficial do processo de candidatura. No total, gastou-se US$ 50 mil.
Questionada, a FFA confirmou ter dado agrados aos dirigentes, mas não informou o preço desses. "É aceito, prática comum entre governos, organização e negócios esportivos dar presentes simbólicos", afirmou o executivo-chefe da federação, Ben Buckley, que disse que isso segue as regras da Fifa.
A FFA ainda fez convites a todos os membros do comitê de viagens pagas para o país. O objetivo era conhecer as instalações esportivas do país. Nenhum foi até agora.
Um time sub-20 de Trinidad e Tobago, país de Jack Warner, um dos membros do comitê executivo, teve viagens pagas pela FFA.
O balanço da candidatura australiana prevê gastos de US$ 6,5 milhões em projetos de futebol em outros países.
Boa parte desse dinheiro sai do governo australiano, que diz não ver ilegalidade.
À Folha a Fifa informou que está analisando esse caso, mas que, no momento, não pode dar mais informações. (RODRIGO MATTOS)


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