São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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Canhota

Em Wimbledon, tcheca decide contra Sharapova e é a 1ª finalista de Grand Slam em 13 anos que joga com a mão esquerda

Alastair Grant/Associated Press
Petra Kvitova rebate bola no triunfo sobre Victoria Azarenka em Wimbledon

DE SÃO PAULO

A tcheca Petra Kvitova derrotou ontem a bielorrussa Victoria Azarenka por 6/1, 3/6 e 6/2, classificou-se para a final de Wimbledon e confirmou sua condição de raridade no circuito feminino.
Aos 21 anos e oitava do mundo, Kvitova é a única canhota a figurar entre as 30 primeiras do ranking. Além dela, há só outras seis tenistas que jogam com a raquete na mão esquerda no top 100.
A tcheca é a primeira canhota em 13 anos a atingir a decisão de um Grand Slam -a última foi Monica Seles, em Roland Garros-98.
Na grama de Wimbledon, a última não destra a ir à final foi sua compatriota Martina Navratilova -que ela cita como ídolo justamente por ser canhota-, em 1994.
"É inacreditável estar na final", declarou Kvitova. "Eu me lembro da Martina Navratilova vencendo aqui. São as minhas primeiras memórias, é muito especial para mim."
Dona de nove títulos de Wimbledon, Navratilova assistiu ao jogo ontem e foi bastante citada por sua fã.
"Não sei se ela [Navratilova] poderá me dizer algo sobre a final. O que vou tentar fazer é desfrutar o momento. Isso seguramente eu farei", afirmou Kvitova, que no ano passado era apenas a 62ª do mundo e foi eliminada nas semifinais de Wimbledon.
Alta (1,83 m) e veloz, a tenista atribuiu parte de sua vitória ao seu serviço.
Ontem, conseguiu nove aces, contra apenas um de Azarenka, quinta do mundo, que cedeu o último ponto da partida com uma dupla falta.
Amanhã, na final, Kvitova enfrentará uma jovem veterana de 24 anos. A russa Maria Sharapova conquistou o torneio inglês em 2004.
"Estar novamente na final é um sentimento incrível", afirmou Sharapova, que derrotou a alemã Sabine Lisicki, apenas a 62ª do mundo, por 6/4 e 6/3, mesmo com um serviço problemático.
A russa cometeu 13 duplas faltas em uma hora e 27 minutos de confronto.
Kvitova e Azarenka duelaram por mais tempo (uma hora e 47 minutos) e deram apenas dois pontos cada uma nessas condições.
"Não foi minha melhor partida no torneio, então estou contente por ter vencido em dois sets", disse Sharapova, que ganhou o único jogo contra Kvitova, em 2010.
A tcheca, entretanto, conta com uma curiosa coincidência a seu favor. Desde março, Azarenka disputou oito torneios, foi campeã de dois e, nos outros, só caiu diante da eventual campeã.


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