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Dunga dará a cara para bater por tempo recorde
Técnico faz a sua 1ª convocação um mês depois da eliminação na Alemanha
Lista para amistoso contra
a Noruega, no dia 16, em Oslo, será composta por jogadores que atuam no Brasil e também no exterior
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Vai ser a sua primeira convocação. E, se resistir até a Copa
de 2010, Dunga será o técnico
da seleção brasileira que por
mais tempo vai botar a cara para bater por suas escolhas.
Hoje, no Rio, o treinador chama os atletas para o amistoso
contra a Noruega, no dia 16.
Isso acontece um mês depois
da eliminação na Copa da Alemanha diante da França.
Se sobreviver até o Mundial
da África do Sul, o ex-volante
será o treinador com mais tempo entre sua primeira convocação e a derradeira no ciclo entre
duas Copas do Mundo.
Convocação mais precoce
que a de hoje após um Mundial
só a ocorrida depois da edição
de 1930. Píndaro de Carvalho
formou um grupo para três
amistosos menos de dez dias
depois da eliminação no Uruguai. No ano seguinte, ele já não
estava no cargo.
Nos cinco títulos mundiais
brasileiros, os técnicos campeões fizeram sua primeira
chamada com menos antecedência -Zagallo, em 1970, e
Scolari, em 2002, estrearam
com menos de um ano para as
Copas que ganharam.
E não vai ser fácil o novo treinador agradar aos críticos. A
começar pelas dificuldades que
terá para formar a equipe.
A lista que será anunciada
hoje em um hotel carioca estará dividida entre jogadores que
atuam no Brasil e no exterior.
Só que ambos os grupos devem
estar desfalcados.
Gente que dá os primeiros
passos na nova temporada européia, como Ronaldinho e Kaká, devem ser poupados. Ronaldo, em recuperação de cirurgia
no joelho, também está fora.
O técnico diz que a CBF não é
obrigada a convocar esses jogadores por força de contrato para o desafio com a Noruega,
país que o Brasil nunca venceu.
Antes de chamar jogadores
de Inter e São Paulo, que podem estar disputando a final da
Libertadores na data do jogo
contra a Noruega, Dunga promete conversar com os treinadores dos dois times -o que
abre caminho para a lista completa não ser anunciada hoje.
E quem for lembrado não deve comemorar muito. Isso porque quem foi chamado logo de
cara por um técnico sem experiência alguma para a seleção
brasileira depois de um fracasso numa Copa, caso de Dunga,
quebrou a cara. Dos 18 eleitos
por Falcão em 1990 para o
amistoso contra a Espanha, seu
primeiro desafio no cargo, só
três (Leonardo, Márcio Santos
e Cafu) sobreviveram até o
Mundial de 1994. Entre os esquecidos, nomes inusitados,
como o lateral Gil Baiano e o
atacante Paulo Egídio.
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