São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Clássico não tem cara dos seus técnicos

Palmeiras e Corinthians exibem poucas marcas de Scolari e Adilson

RENAN CACIOLI
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

Contratados recentemente, os técnicos Luiz Felipe Scolari e Adilson Batista têm sob seus comandos times que, hoje, não se enquadram no perfil da equipe ideal de cada um deles nas carreiras.
É longe da cara de seus novos treinadores que Palmeiras e Corinthians se enfrentam, hoje, no Pacaembu.
A equipe palmeirense tem defesa constantemente ameaçada -a terceira mais atacada no Nacional. Faz poucos cruzamentos e o menor número de faltas.
O time corintiano é forte na marcação e sofre poucas finalizações. Seu controle da bola e acerto de passes não estão nem entre os cinco melhores na competição.
Esse cenário é mostrado pelos números do Datafolha até o início da 11ª rodada.
Quando campeão da Libertadores com o Palmeiras, em 1999, Scolari conduzia time aguerrido, em que pedia faltas e intimidação aos rivais. Sua jogada forte: os cruzamentos do lateral Arce.
São características similares às do seu Grêmio campeão da América em 1996.
"Nem eu, nem o Adilson, nem ninguém faz milagre. Estou aqui há 15 dias, tenho mais conhecimento de meus atletas, mas não que isso signifique uma vantagem para o clássico", explicou Scolari.
O tipo de atletas no Parque Antarctica influencia o estilo. Não há um centroavante alto no time titular. O cobrador de bolas paradas é Lincoln, que está longe de ser um destaque neste fundamento.
Mesma realidade vive o Corinthians em que faltam jogadores para girar a bola. O meio costuma ter Jucilei e Elias, que preferem as arrancadas em direção ao gol.
Na ligação com o ataque está Bruno César, o maior finalizador do Nacional.
Não há corintiano entre os dez melhores passadores do Brasileiro. Em quinto, está Marquinhos Paraná, do Cruzeiro, ex-time de Adilson.
Com o atual corintiano, o time mineiro tinha o segundo melhor passe em 2009. E era o terceiro com mais posse de bola. Mas sofria na defesa.
Adilson reconhece que gosta de ver seu time controlando o jogo. Mas, para ele, o Corinthians também faz isso.
"Não sou de transferir responsabilidade. Mas esse jogo ainda será reflexo do trabalho do Mano. Mas meu jogo não é tão diferente", diz.
Só que as mudanças que ele ensaia no time indicam nova cara corintiana.

PALMEIRAS
Marcos (Deola); Vítor, Maurício Ramos, Danilo e Armero; Pierre e Edinho; Márcio Araújo, Lincoln e Ewerthon; Kleber
T.: Luiz Felipe Scolari

CORINTHIANS
Júlio César; Alessandro, William, Chicão e Dodô (Paulo André); Jucilei, Paulinho (Danilo), Elias e Bruno César; Jorge Henrique e Iarley
T.: Adilson Batista

Estádio: Pacaembu
Horário: 16h
Juiz: Paulo César de Oliveira (SP)


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Palmeiras se fia em roteiro dos pontos corridos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.