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Clássico não tem cara dos seus técnicos
Palmeiras e Corinthians exibem poucas marcas de Scolari e Adilson
RENAN CACIOLI
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
Contratados recentemente, os técnicos Luiz Felipe
Scolari e Adilson Batista têm
sob seus comandos times
que, hoje, não se enquadram
no perfil da equipe ideal de
cada um deles nas carreiras.
É longe da cara de seus novos treinadores que Palmeiras e Corinthians se enfrentam, hoje, no Pacaembu.
A equipe palmeirense tem
defesa constantemente
ameaçada -a terceira mais
atacada no Nacional. Faz
poucos cruzamentos e o menor número de faltas.
O time corintiano é forte
na marcação e sofre poucas
finalizações. Seu controle da
bola e acerto de passes não
estão nem entre os cinco melhores na competição.
Esse cenário é mostrado
pelos números do Datafolha
até o início da 11ª rodada.
Quando campeão da Libertadores com o Palmeiras,
em 1999, Scolari conduzia time aguerrido, em que pedia
faltas e intimidação aos rivais. Sua jogada forte: os cruzamentos do lateral Arce.
São características similares às do seu Grêmio campeão da América em 1996.
"Nem eu, nem o Adilson,
nem ninguém faz milagre.
Estou aqui há 15 dias, tenho
mais conhecimento de meus
atletas, mas não que isso signifique uma vantagem para o
clássico", explicou Scolari.
O tipo de atletas no Parque
Antarctica influencia o estilo.
Não há um centroavante alto
no time titular. O cobrador de
bolas paradas é Lincoln, que
está longe de ser um destaque neste fundamento.
Mesma realidade vive o
Corinthians em que faltam
jogadores para girar a bola. O
meio costuma ter Jucilei e
Elias, que preferem as arrancadas em direção ao gol.
Na ligação com o ataque
está Bruno César, o maior finalizador do Nacional.
Não há corintiano entre os
dez melhores passadores do
Brasileiro. Em quinto, está
Marquinhos Paraná, do Cruzeiro, ex-time de Adilson.
Com o atual corintiano, o
time mineiro tinha o segundo
melhor passe em 2009. E era
o terceiro com mais posse de
bola. Mas sofria na defesa.
Adilson reconhece que
gosta de ver seu time controlando o jogo. Mas, para ele, o
Corinthians também faz isso.
"Não sou de transferir responsabilidade. Mas esse jogo
ainda será reflexo do trabalho do Mano. Mas meu jogo
não é tão diferente", diz.
Só que as mudanças que
ele ensaia no time indicam
nova cara corintiana.
PALMEIRAS
Marcos (Deola); Vítor, Maurício Ramos,
Danilo e Armero; Pierre e Edinho; Márcio
Araújo, Lincoln e Ewerthon; Kleber
T.: Luiz Felipe Scolari
CORINTHIANS
Júlio César; Alessandro, William, Chicão
e Dodô (Paulo André); Jucilei, Paulinho
(Danilo), Elias e Bruno César;
Jorge Henrique e Iarley
T.: Adilson Batista
Estádio: Pacaembu
Horário: 16h
Juiz: Paulo César de Oliveira (SP)
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