DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians tropeçou pela segunda vez no Campeonato Brasileiro ontem, perdendo por 3 a 0 para o Atlético-PR em pleno estádio do Pacaembu.
Como na queda diante do São Caetano (3 a 0), o time parou na marcação rival, mostrou falhas na defesa, e a torcida criticou a equipe nas arquibancadas.
O time visitante também levou vantagem ontem em outro quesito: o número de faltas cometidas. Foram 14 do Corinthians contra 29 da equipe paranaense.
Seguindo a doutrina de Carlos Alberto Parreira de fair play, os corintianos acabaram envolvidos pela marcação forte (com desarmes e faltas) por todo o campo e a saída rápida em contra-ataque dos atuais campeões nacionais.
Por seu lado, os corintianos erravam muitos passes e muitos jogadores, como Gil e Deivid, estavam isolados. ""Nosso time é jovem. Foi só tomar o primeiro gol para se perder em campo", foi a análise do volante Vampeta.
O placar foi aberto aos 24min, em uma típica jogada do Atlético-PR, com Kléberson cruzando para o cabeceio de Kléber, que é o artilheiro isolado do torneio com seis gols em seis partidas.
A bola entrou no ângulo, e o goleiro corintiano, Doni, ainda bateu a cabeça na trave na tentativa de chegar na bola.
Até aquele momento, o jogo estava muito concentrado no meio-campo, e os corintianos só se arriscavam em cruzamento para a área -todos interceptados pela zaga paranaense.
Com vantagem no placar, os visitantes se soltaram mais. Aos 27min, repetiu-se o tradicional cruzamento da direita, mas, dessa vez, Kléber errou o voleio.
Passados três minutos, surgiu o segundo gol paranaense. O lateral-esquerdo Fabiano avançou na transversal, driblou Rogério, Fabrício e, ao entrar na área, tocou no canto esquerdo de Doni.
""A vantagem é excelente, mas o jogo não está ganho", afirmou no intervalo Kléber, que também havia marcado na vitória contra o Palmeiras, na última quarta.
A frase precavida foi justificada pelo segundo tempo. O Corinthians voltou pressionando e escolheu os chutes de longa distância como arma contra a muralha paranaense. Rogério, Kléber, Vampeta e Renato fizeram tentativas, que pararam nas mãos do goleiro ou na linha de fundo.
Já o Atlético-PR recuou sua marcação e administrava o resultado e só se arriscava nos contra-ataque. No final da partida, os visitantes se soltaram e arriscaram.
Aos 37min, Kléberson chutou cruzado assustando Doni.
No minuto seguinte, veio o gol. Adriano foi até a linha de fundo e passou para Kléberson, que tentou emendar de letra. Tropeçou, a bola bateu em seu joelho, mas ainda teve tempo de chutar e marcar o terceiro gol de seu time.
""Eles jogaram fechados e souberam aproveitar as oportunidades. Nós não", afirmou o zagueiro Scheidt ao final do jogo.
Com o placar, o Corinthians conheceu sua primeira derrota em dez meses em seus domínios para um time de fora do Estado.
Neste Brasileiro, o time só havia sido derrotado pelo São Caetano, jogando no Anacleto Campanella. A ocasião, como ontem, a torcida criticou vários jogadores como o zagueiro Scheidt, o volante Vampeta e goleiro Doni. As últimas vitórias tinham amenizado o clima.



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