São Paulo, domingo, 01 de setembro de 2002

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FUTEBOL

Euro Copa

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sábado começa tudo de novo. As seleções européias voltam a campo para valer. Eliminatórias da Euro-2004. Exceção feita a Portugal, anfitrião do torneio, pode-se rever um pouco da Copa.
Há ""galinhas mortas" nos dez grupos, mas todos os jogos são ""chave". Será tiro curto. Cada time faz oito partidas. Alguns confrontos são cruciais, mas o saldo de gols provavelmente definirá vagas (atenção com os pequenos). Não há tempo para recuperação.
A porrada que a França levou foi dura. O time tem muita força para se levantar, mas sua retomada de consciência já esbarrou na Tunísia (empate em 1 a 1) e em declarações nada animadoras do novo técnico, Jacques Santini (""os jogadores estão abalados"). O time estréia fora contra Chipre (!).
O Grupo A tem ainda a Eslovênia, que leva de novo Zahovic.
A única equipe do Grupo 2 que foi ao Mundial é a Dinamarca. É a favorita, até por estar mantendo boa base (e por Sand manter boa média de gols). A decadente Noruega não incomoda, mas a Romênia, nas mãos Iordanescu e nos pés de Chivu, é pedreira.
A briga começa com a Noruega recebendo a vizinha Dinamarca.
A Holanda, vivendo transição (envelhecem os De Boer, nascem Van der Vaart e Van der Meyde), topou no Grupo 3 talvez com seu maior algoz: a República Tcheca. Dá para apostar no segundo time. O primeiro mostrará sua nova cara (a nova camisa é demais, para variar) contra Belarus no sábado.
Suécia, boa surpresa na Copa, e Polônia, péssima lembrança do Mundial, tentam evitar o renascimento da Hungria no Grupo 4. Os suecos (dois técnicos) estão dando vez a jovens de peso (leia-se Ibrahimovic), e a Polônia só dá vez a seu nigeriano (leia-se Olisadebe). Estréiam contra rivais fracos.
A Alemanha usou a Copa para se reerguer. Começa a Euro contra a Lituânia fora de casa de cabeça em pé (inclusive Kahn). Respeito de volta, não será a Escócia, a segunda força da chave 5, que impedirá a classificação alemã.
Grécia x Espanha. Mesmo com juiz honesto, a Fúria pode perder os nervos na estréia. Os gregos vêm de 1 a 0 na Romênia fora de casa e, entre Atenas-2004 e clubes ascendentes, estão animados. Não será mole para o time de Iñaki Sáez (Camacho era mais fácil). A Ucrânia de Shevchenko, que ainda não emplacou, está na espreita nesse Grupo 6.
Inglaterra ou Turquia. Um passa, o outro luta na repescagem. Arrisca alguma coisa na chave 7? Scolari pode dar um bom palpite. Bom, os turcos largam na frente (pegam a Eslováquia em casa).
Nada é mais equilibrado que Bélgica, Bulgária, Croácia, Estônia e Andorra (8). Belgas e croatas mostraram suas curvas (ascendente e descendente, respectivamente) na Copa. Isso pode mudar até 2004, mas, como já disse, não há tempo para recuperação. A Bélgica recebe logo a Bulgária.
Itália é igual sofrimento. Iugoslávia e Finlândia merecem muito respeito -a Eslovênia já bateu a Azzurra fora de casa há alguns dias. O candidato claro à classificação no Grupo 9 é também postulante certo ao drama (esse já começa fora contra o Azerbaijão).
No Mundial, a Irlanda sorriu, a Rússia chorou. Não será difícil ver esse filme de novo na chave 10 (aliás o filme já pode passar no sábado em Moscou). Da Suíça pode se esperar qualquer reação.
Já estava com saudade de ver jogos para valer de seleções? Não? Bom, quase toda a Europa está.

Itália
O Italiano pode ter atrasado, mas a venda de carnês para os jogos aumentou 8% em relação à temporada passada. Mais de 292 mil já foram vendidos (mais de 16 mil por clube, em média). A Roma é quem mais vendeu (46.500). Depois vem a Inter (41.991).

Azerbaijão
No Brasil amarelaram, mas lá dez dos 11 times da elite romperam com a federação e criaram a Azerbaijão Premier League.

Japão
Após a Copa, a J-League comemorou aumento de público. Mas o embalo acabou. A média de público por jogo caiu para 16.816 pessoas (na temporada passada, no mesmo período, era 17.545).

África do Sul
Será sede solitária da Copa-2010. Não aceita um co-anfitrião.

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