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dança das cadeiras
No mês das negociações, empresário dribla clubee
Janela mundial termina com Tevez na Inglaterra e repatriação de Zé Roberto
Só Juan Figer ganha mais de R$ 10 milhões em agosto e supera o faturamento de grandes times do país com a transferência de atletas
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Dentro de campo, vai demorar algum tempo para saber
quem será o vitorioso no frenético mercado da bola, que ontem encerrou seu prazo para
transferências internacionais.
Mas, na conta bancária, os
empresários, em especial Juan
Figer, o decano deles, foram os
grandes campeões.
Clubes brasileiros venderam
muitos jogadores para o exterior recebendo pouco dinheiro
e repatriaram atletas gastando
tanto ou até mais com empresários do que com o pagamento
de multas rescisórias.
Na exportação, o Corinthians
não vai ficar com nenhuma migalha com a transferência de
Tevez e Mascherano para o
modesto West Ham.
Nos negócios com valores divulgados, como as vendas do
ex-são-paulino Lugano e do ex-cruzeirense Edu Dracena para
a Turquia, os clubes ficaram
com a metade do valor. O Inter
se desfez de quatro jogadores
campeões da Libertadores,
mas, como não tinha os direitos
totais sobre eles, arrecadou
cerca de R$ 12 milhões.
Recordista de ganhos entre
os clubes do país no mês das
transferências, o Inter praticamente empata com o que Figer
ganhou nos últimos 30 dias.
Só com as vendas de Lugano
e Dracena, jogadores que ele tinha participação, o empresário
arrecadou cerca de R$ 10 milhões. O uruguaio ainda levou
comissão no acerto de três outros jogadores de primeira linha, todos sob os seus cuidados
e de seu filho Marcel -Magrão,
Zé Roberto e Ricardinho.
Alguns agentes, contudo, juram que o dinheiro também está curto para eles. "Se os clubes
não estão ganhando, os empresários também não ganham
aqui no Brasil. O dinheiro aqui
está curto. Se quisermos lucrar,
temos que vender para a Turquia", diz Wagner Ribeiro.
Cartolas, por seu lado, dizem
estar se adaptando à nova situação. "O comércio no futebol
ficou brutal. Se o clube não ficar
esperto, dança. Fizemos um
pente-fino nas categorias de
base para não perder jogadores
para empresários", disse Kléber Leite, vice de futebol do
Flamengo. Escaldado pela saída de Jônatas, na qual o clube
ficou só com 35% de US$ 4 milhões, o clube renovou por cinco anos o contrato de sua maior
promessa, Renato Augusto. Estipulou a multa em 30 milhões (cerca de R$ 82 milhões).
Colaborou RICARDO PERRONE , do Painel FC
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