São Paulo, sábado, 01 de setembro de 2007

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São Paulo busca recorde e folga

Rogério está perto de superar Waldir Perez, que ficou 694 minutos sem levar gol no Brasileiro

Contra Paraná, no Morumbi, time tem chance de ampliar distância na ponta; na zaga, Alex Silva, suspenso, cede espaço para André Dias

JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Atleta com mais tempo de casa no São Paulo -chegou ao clube em 1990-, o goleiro Rogério está perto de ampliar sua coleção de recordes dentro do clube do Morumbi.
O jogador que mais vestiu a camisa do atual líder do Brasileiro (já disputou 756 partidas) pode hoje, às 18h10, diante do Paraná, no Morumbi, derrubar a marca de Waldir Perez, que defendeu o clube entre 1973 e 1984 e foi titular do Brasil na Copa de 1982, como o goleiro são-paulino que passou mais minutos sem ser vazado.
A última vez em que Rogério sofreu um gol no Brasileiro foi diante do Juventude, na vitória por 3 a 1, no dia 2 de agosto. E a rede do time do Morumbi balançou logo aos 2min do primeiro tempo. São 628 minutos de invencibilidade.
O recorde de Waldir Perez (694 minutos) data de 1983. Naquela edição do Brasileiro, ele passou sete partidas completas sem ser vazado e só foi vencido na vitória sobre o Sport por 3 a 1. Nesse jogo, o gol dos pernambucanos foi feito aos 33min do primeiro tempo -ele ainda ficou 31 minutos sem levar gols na última partida do Nacional de 82, na derrota por 2 a 0 para o Guarani.
"Como isso ainda não aconteceu, não me sinto à vontade para falar. Caso aconteça, comentarei com prazer", limitou-se a dizer Rogério, que está a 66 minutos do novo feito.
Parte da possível quebra de recorde de Waldir Perez a favor do atual camisa 1 são-paulino depende do novo trio de zagueiros que jogará nesta noite.
Sem Alex Silva, suspenso por ter recebido o terceiro amarelo, André Dias volta a ter uma chance no time titular. E terá pela frente uma tarefa complicada: barrar o atacante paranista Josiel, artilheiro do Nacional até o momento, com 15 gols.
"Ele é rápido e habilidoso, com um estilo bem diferente do Aloísio, por exemplo, que tem mais força", comparou o zagueiro, que formará a defesa com Breno e Miranda.
A concorrência por um lugar no sistema defensivo, aliás, é encarada como uma corrida pelo zagueiro, que, por enquanto, coloca-se em desvantagem em relação aos colegas.
"No momento, o Alex [Silva] é o melhor, tanto que está na seleção. O Breno é jovem e apontaria como o destaque, e o Miranda marca bem, passa segurança. E eu estou correndo por fora", brincou André Dias.
Mesmo quando a zaga considerada titular tem uma alteração, o São Paulo não tem sentido os efeitos das trocas. Prova disso é que o time tem média de 0,32 gol sofrido -em 22 rodadas, levou apenas sete gols.
"Não tem segredo. Esse time deu liga, e agora é só treinar", disse o treinador Muricy.
Outro fator apontado como favorável ao "jejum" de gols sofridos é a aplicação dos jogadores de frente na marcação.
"Os atacantes também marcam a saída de bola. Além disso e da qualidade, tem o treinamento e a filosofia de jogo", concluiu o técnico são-paulino.

Na TV - São Paulo x Paraná Sportv, ao vivo, às 18h10

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