São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em cartada final, Robinho ataca para deixar o Real

Jogador critica time, diz que está com a cabeça no Chelsea e espezinha técnico

Espanhóis, que têm até hoje para negociar atleta, voltam a sugerir que ele rompa o contrato unilateralmente e se queixam de clube inglês


DA REPORTAGEM LOCAL

Em mais um capítulo de sua queda-de-braço com o Real Madrid, o atacante Robinho, 24, voltou a dizer que quer deixar a equipe espanhola, espezinhou o técnico do time, Bernd Schuster, e reclamou do comportamento do clube em relação a ele no episódio em que tentou contratar o atacante português Cristiano Ronaldo.
Hoje termina a janela de transferências internacionais e, se o Real não fechar o negócio com o Chelsea, o brasileiro terá de continuar em Madri.
A nova investida de Robinho para pressionar o Real foi feita ontem, num hotel da capital espanhola próximo ao estádio Santiago Bernabéu.
"Eu já disse ao presidente [Ramón Calderón], ao treinador e aos diretores mais de mil vezes que quero ir para o Chelsea", afirmou Robinho, em uma concorrida entrevista coletiva.
Em seguida, o atacante criticou a atitude do clube no episódio que o usou como moeda de troca para tentar trazer Cristiano Ronaldo, do Manchester United, que não aceitou.
"Mostraram pouco interesse na minha permanência", disse Robinho, que tentou um aumento no clube madrileno e não conseguiu. "Mas esse é o problema. Como não conseguiram contratar, não querem que eu saia", prosseguiu Robinho.
O jogador também alfinetou seu treinador, que o teria aconselhado a ficar no Real. "Ele não é meu pai, ele é só meu treinador", declarou o ex-santista.
Robinho disse que tinha a promessa do presidente Calderón de que o liberaria caso recebesse uma boa proposta.
O Chelsea chegou à cifra de 35 milhões (cerca de R$ 87 milhões), mas o Real quer no mínimo 40 milhões.
Horas após a entrevista de Robinho, o Real emitiu comunicado sugerindo que o atleta rompa o contrato com o clube unilateralmente e pague a multa de 150 milhões.
Os espanhóis criticaram a postura do Chelsea, que chegou até a colocar camisa com o nome de Robinho à venda.
A direção do Chelsea rebateu com a alegação de que não é errado mostrar interesse em um jogador. Disse ainda que o episódio da camisa foi um "erro no sistema" no site do clube e que nenhuma peça foi vendida.


Texto Anterior: Juca Kfouri: Três passos para o futuro
Próximo Texto: Inglês: Com Scolari, Chelsea tropeça pela 1ª vez
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.