São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2008

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JOSÉ GERALDO COUTO

Balança, mas não cai


O Grêmio, de novo, deu susto na torcida e esperança aos rivais, mas no fim manteve a sua vantagem no Brasileiro

O GRÊMIO balança, deixa sua torcida angustiada e os rivais esperançosos, mas não cai.
Foi assim na outra rodada, em Recife, foi assim ontem no Olímpico. Quando parece que o tricolor gaúcho vai ceder terreno aos seus perseguidores, ele pisa no acelerador e deixa os outros na poeira.
Ao longo dos jogos simultâneos de ontem à tarde em Curitiba e Porto Alegre, a distância entre o líder Grêmio e o vice-líder Palmeiras oscilou entre os três e os oito pontos, para afinal se estabilizar nos mesmos cinco do início da rodada.
Mas se para o Grêmio a vitória sobre o Vasco foi apenas o cumprimento da lição de casa, para o Palmeiras foi um feito enorme vencer o Atlético-PR na Arena da Baixada.
Agora já não há mais dúvida: o alviverde ficou melhor sem Valdivia, e Diego Souza melhor ainda. O segundo gol dele, ontem, foi de antologia.
Um último comentário sobre o jogo de Curitiba. A "paradinha" na cobrança de pênalti, segundo os doutos comentaristas de arbitragem, é legal. Mas, quando o jogador pára no momento do chute, como fez Alan Bahia ontem, é uma baita covardia.
Não dá chance alguma ao goleiro. É melhor decretar logo o gol e botar a bola no centro do campo.
Esse golpe baixo não tem nada a ver com a tradicional "paradinha" de Pelé, que ocorria no meio da sua caminhada em direção à bola. Na deturpada forma atual, o recurso praticamente liqüida o duelo técnico e psicológico entre cobrador e goleiro, um dos momentos mais dramáticos do futebol.

San-São sem força
Nos dois confrontos entre São Paulo e Santos deste Brasileirão, o placar não saiu do zero. Lamentável para os dois clubes que mais títulos brasileiros conquistaram neste século. E que já tiveram ataques vorazes e intercambiaram artilheiros pródigos como Toninho Guerreiro e Serginho Chulapa.

Ajuda do acaso
Nada contra Rafael Sobis, um excelente atacante, que honrou a camisa da Nike na China. Mas Nilmar, convocado de última hora para substituí-lo, é ainda melhor. O acaso, assim, dá uma forcinha a Dunga, que a meu ver errou ao não convocar Marcelo e Hernanes para os próximos jogos da seleção.

Lampejo de Timão
Apesar (ou talvez por causa) do meu amor pelo Corinthians, tenho sido muito crítico do futebol apresentado pelo time. O alvinegro só está numa situação confortável porque o nível da Série B, nesta temporada, está baixíssimo.
Mas anteontem, no Pacaembu, contra o ABC, o Corinthians realizou o seu melhor jogo no campeonato. O terceiro gol, em especial, foi um lance luminoso, digno dos bons tempos.
Elias, na ponta esquerda, passou para Douglas abrir as pernas e deixar a bola passar para André Santos, que entrou na área em velocidade, meteu uma caneta no adversário e chutou no canto. Por um momento, o Corinthians voltou a ser o Timão.

Bem-vindo, PVC
É uma grande alegria ter como colega a partir de hoje, neste caderno, o Paulo Vinicius Coelho, que, além de conhecer futebol como poucos, é um tremendo boa-praça.

jgcouto@uol.com.br


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