São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2004

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SURFE

Teco Padaratz leva pela 2ª vez a Florianópolis etapa do circuito mundial

Sul recebe elite para firmar novo eixo das ondas no país

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

No ano passado, o susto. O Brasil perdeu o prazo de inscrição e quase ficou sem uma etapa do Circuito Mundial de surfe após 15 anos. O socorro veio das mãos de um surfista, que a partir de hoje tenta consolidar a carreira de cartola e cravar Florianópolis como capital do esporte no país.
A ilha catarinense recebeu a etapa brasileira do WCT do ano passado. Pela primeira vez, o Rio de Janeiro deixou de ver em suas praias os melhores do mundo.
O evento mudou de endereço por iniciativa de Teco Padaratz, o primeiro surfista a comprar os direitos para a realização de uma prova do circuito Mundial.
Neste ano, Padaratz, com um problema no pescoço, preferiu abandonar as ondas. Vai se dedicar apenas à cartolagem para tentar transferir de vez o eixo do surfe brasileiro para o Sul.
"Esse é um projeto que nasceu da minha cabeça. Quero resgatar o espírito de festival dos antigos campeonatos da ilha. Sempre achei que no Rio a gente sumia dentro de uma cidade tão grande. Já no Sul, os surfistas são os grandes esperados durante o ano todo", diz o surfista-cartola.
O desempenho dos compatriotas nas ondas durante o campeonato não é o único trunfo do brasileiro. Além de contar com os principais nomes do esporte no mar, como o hexacampeão Kelly Slater, o WCT deve conhecer seu novo campeão em Florianópolis.
O havaiano Andy Irons precisa chegar apenas às semifinais para conquistar o terceiro título seguido. Sua única ameaça é o australiano Joel Parkinson, que precisa vencer em Santa Catarina e no Havaí, etapa final da temporada, e torcer pelo azar do rival.
"Usamos até essa informação para tentar conseguir patrocínios", conta Padaratz, 33.
A etapa brasileira será a única móvel do circuito deste ano. Os surfistas têm de hoje a 10 de novembro para disputar os quatro ou cinco dias de competição -só cairão na água quando o mar apresentar as melhores ondas.
A praia da Joaquina é a sede principal do evento. Outras duas menores ficarão montadas na praia Mole e em Imbituba. O torneio será realizado onde estiverem as melhores ondulações.
Se necessário, o circo pode ser armado até em Garopaba.
"É o glamour deste evento. É uma visão que eu tinha há algum tempo. Com isso, é possível divulgar e distribuir o turismo para outras praias", avalia Padaratz.


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