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SURFE
Teco Padaratz leva pela 2ª vez a Florianópolis etapa do circuito mundial
Sul recebe elite para firmar novo eixo das ondas no país
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
No ano passado, o susto. O Brasil perdeu o prazo de inscrição e
quase ficou sem uma etapa do
Circuito Mundial de surfe após 15
anos. O socorro veio das mãos de
um surfista, que a partir de hoje
tenta consolidar a carreira de cartola e cravar Florianópolis como
capital do esporte no país.
A ilha catarinense recebeu a etapa brasileira do WCT do ano passado. Pela primeira vez, o Rio de
Janeiro deixou de ver em suas
praias os melhores do mundo.
O evento mudou de endereço
por iniciativa de Teco Padaratz, o
primeiro surfista a comprar os direitos para a realização de uma
prova do circuito Mundial.
Neste ano, Padaratz, com um
problema no pescoço, preferiu
abandonar as ondas. Vai se dedicar apenas à cartolagem para tentar transferir de vez o eixo do surfe brasileiro para o Sul.
"Esse é um projeto que nasceu
da minha cabeça. Quero resgatar
o espírito de festival dos antigos
campeonatos da ilha. Sempre
achei que no Rio a gente sumia
dentro de uma cidade tão grande.
Já no Sul, os surfistas são os grandes esperados durante o ano todo", diz o surfista-cartola.
O desempenho dos compatriotas nas ondas durante o campeonato não é o único trunfo do brasileiro. Além de contar com os
principais nomes do esporte no
mar, como o hexacampeão Kelly
Slater, o WCT deve conhecer seu
novo campeão em Florianópolis.
O havaiano Andy Irons precisa
chegar apenas às semifinais para
conquistar o terceiro título seguido. Sua única ameaça é o australiano Joel Parkinson, que precisa
vencer em Santa Catarina e no
Havaí, etapa final da temporada, e
torcer pelo azar do rival.
"Usamos até essa informação
para tentar conseguir patrocínios", conta Padaratz, 33.
A etapa brasileira será a única
móvel do circuito deste ano. Os
surfistas têm de hoje a 10 de novembro para disputar os quatro
ou cinco dias de competição -só
cairão na água quando o mar
apresentar as melhores ondas.
A praia da Joaquina é a sede
principal do evento. Outras duas
menores ficarão montadas na
praia Mole e em Imbituba. O torneio será realizado onde estiverem as melhores ondulações.
Se necessário, o circo pode ser
armado até em Garopaba.
"É o glamour deste evento. É
uma visão que eu tinha há algum
tempo. Com isso, é possível divulgar e distribuir o turismo para outras praias", avalia Padaratz.
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