DO ENVIADO AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

O técnico Nelsinho Baptista foi ao Maracanã com uma estratégia definida em sua cabeça. Teve sucesso em alguns momentos do jogo com ela, mas não foi suficiente para garantir pelo menos um ponto para o Corinthians.
Para se aproveitar dos espaços que ele esperava que o Flamengo deixasse, o Corinthians entrou em campo com, na prática, mais atacantes do que meio-campistas. Lulinha e Dentinho atuaram praticamente como pontas, à espera de um contragolpe para usar a velocidade e chegar à área do rival.
O gol corintiano foi fruto desse sistema de atuar, mas,no segundo tempo, quando Nelsinho tirou os dois garotos que eram a força-motriz do time, o Corinthians sucumbiu.
Segundo o Datafolha, a bola "queimou" nos pés dos corintianos. Eles trocaram apenas 233 passes, com um índice de erro alto -30% de insucesso.
Arce e Héverton, que substituíram Lulinha e Dentinho quando a partida ainda estava empatada em 1 a 1, não foram capazes de tirar Finazzi do isolamento no ataque.
A estratégia de Nelsinho, mesmo enquanto surtia efeitos no ataque, criou falhas na defesa.
Os alas do time, que deveriam se adiantar para armar e evitar a pressão, jogaram o primeiro tempo todo como laterais. Iran e Gustavo Nery não subiram ao ataque.
Isso sobrecarregou os volantes corintianos.
O treinador do time alvinegro creditou a derrota de virada à falta de atenção do time, não a erros na estratégia. "No primeiro tempo, exploramos a velocidade e não repetimos isso no segundo", explicou.
A quatro rodadas do fim, o time tentará deixar a zona da degola no domingo, contra o Atlético-PR, no Pacaembu. (PGA E SR)


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