São Paulo, quinta-feira, 01 de novembro de 2007

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Em feira, Pelé diz que Mundial "é fantástico"

Depois de estar ausente em Zurique, ex-jogador festeja

DA REPORTAGEM LOCAL

Ausente da cerimônia da Fifa na qual foi anunciado que o Brasil receberá a Copa-2014, Pelé festejou a decisão ontem durante entrevistas na Alemanha, onde prestigia feira internacional de pisos esportivos.
""É fantástico. É fantástico porque todos sabem que o Brasil é a cultura do futebol. Será a mais importante Copa do Mundo, se o Brasil for campeão. É muito importante para nós", comemorou o ex-jogador, cuja assessoria de imprensa informara estar impossibilitado de participar do evento em Zurique anteontem por sua atuação na feira, que começou ontem, como a Folha publicou.
Sua assessoria de imprensa informara que, apesar de ter sido convidado para a reunião na Fifa, Pelé declinou por uma questão de tradição. Informou que ""todo ano participa da feira". Mas a assessoria do evento negou a informação. Explicou que o brasileiro participou de apenas uma edição, a de 2005.
Ao ser confrontada com a nova versão, a assessoria do ex-jogador, cuja ausência frustrou jornalistas e integrantes da Fifa, como Franz Beckenbauer, alterou o discurso. Na terça-feira, Pelé teria, então, passado o dia em evento com crianças.
A distância entre Zurique e Colônia é de 580 km. O vôo entre as cidades leva uma hora.
A CBF também entrou em contradição. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, afirmou que convidara Pelé. Já sua assessoria de imprensa disse que o convite não acontecera porque ""isso é um processo político, e Pelé está acima de tudo".
Também nos vídeos apresentados na Suíça, o espaço de Pelé foi bastante restrito. A única imagem incluída de sua carreira foi a de seu passe para o gol de Jairzinho, contra a Inglaterra, na Copa de 1970.
Ainda na entrevista que concedeu a jornalistas em Colônia, Pelé lembrou da única edição da Copa do Mundo realizada no Brasil, a de 1950. E o ex-jogador rememorou o resultado, desastroso para a seleção, na derrota para o Uruguai na decisão, em pleno Maracanã. ""Em 1950, eu tinha dez anos de idade. Eu vi meu pai chorar porque nós perdemos para o Uruguai", lamentou. "Espero uma vitória na próxima edição."
Na cerimônia de anteontem, sem Pelé, a CBF levou Romário, que afirmou que Pelé é ""insubstituível", e o treinador da seleção nacional, Dunga.
Pelé não apoiou a candidatura do Brasil à Copa de 2006.
Antes de Romário ser anunciado "embaixador da Copa", Pelé várias vezes afirmou em entrevistas que conversaria com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sobre a possibilidade de assumir tal posto.
Depois, na última edição da "France Football", disse que não foi convidado por Teixeira. Acrescentou ainda que para trabalhar na Copa faltava discutir o tema em reunião com a CBF e o governo brasileiro.


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