Sem chances de título, time encampa discurso de que vitória no clássico é o único objetivo que lhe resta na temporada

Time entra em campo para devolver derrota sofrida para rival no primeiro turno, mas tem problemas para preencher suas duas laterais

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao ir do sonho da tríplice coroa à realidade de uma campanha medíocre, o Corinthians passou apenas a contar o tempo no Brasileiro. Para que o campeonato acabasse e, um pouco antes, para que o clássico de hoje chegasse o quanto antes.
Depois de se ver longe da primeira posição, apenas um objetivo restou ao time do Parque São Jorge no Nacional: devolver os 3 a 0 sofridos contra o Palmeiras no primeiro turno e, com a vitória, atrapalhar o arquirrival na sua busca pelo pentacampeonato nacional.
É com esse espírito, ou pelo menos com esse discurso que tanto agrada à sua torcida, que o time entra em campo no estádio Prudentão, às 16h, em Presidente Prudente.
Há pelo menos três semanas, ou logo depois de ter definitivamente percebido que o sonho de buscar o quinto título do Brasileiro estava muito complicado, os corintianos têm se manifestado abertamente sobre o anseio de rever no gramado o mais tradicional adversário.
Mano Menezes, ao longo desse tempo, procurou minimizar o confronto ou, pelo menos, deixá-lo de lado até que ele ficasse mais próximo.
Agora, porém, até o comedido técnico encampou o sentimento que considera ser o da maioria dos corintianos.
"Não podemos ignorar o desejo de nosso torcedor. E está muito claro que o desejo dele é o de vencer este clássico. Não é uma partida normal para ele e não podemos encarar de outra forma que não seja assim também", declarou o treinador.
Até quem tem pouco tempo de Parque São Jorge e jamais participou de um Dérbi parece já ter adquirido o espírito de rivalidade que cerca do clássico.
"Corinthians e Palmeiras é um jogo especial. É como se fosse um Boca e River. Obviamente essa partida é muito importante para nós", falou o meia argentino Matías Defederico, comparando a partida ao mais famoso choque entre clubes em seu país natal.
O camisa 10 corintiano, aliás, pode ser a maior novidade do time contra o Palmeiras.
Com a atuação diante do Vitória, quando marcou o gol do triunfo contra a equipe baiana, Defederico deixou dúvida na cabeça de Mano sobre seu aproveitamento como titular. A ponto até de Dentinho, presença inconteste na equipe em 2009, colocar em xeque sua presença desde o início.
Mas se no ataque o Corinthians conta com boas opções, na defesa há problemas para completar o quarteto.
Chicão e William estão confirmados na zaga, mas o time está sem laterais, já que Marcelo Oliveira e Alessandro -este, pelo restante do ano- estão contundidos. Balbuena e Jucilei, respectivamente, devem ser utilizados improvisadamente pelas alas.0 (PAULO GALDIERI)