Nacional de basquete começa com críticas de clubes de SP

JOSÉ EDUARDO MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os 14 times da segunda edição do Novo Basquete Brasil -campeonato nacional gerenciado pela liga de clubes- iniciam a temporada com uma preocupação a mais.
A competição mudou a sua fórmula de disputa e passa a ter o sistema de rebaixamento.
As duas equipes com pior desempenho terão de disputar repescagem com os classificados das Copas Regionais, organizadas pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete).
Caso o qualificado não faça parte do grupo de 19 clubes da LNB (Liga Nacional de Basquete), será necessário pagar a quantia de R$ 200 mil.
"A liga não é para quem quer entrar. É para quem pode entrar. Se eu tenho elenco, tenho verba, posso entrar. Não adianta apenas querer, tem que ter qualificação. O sistema é profissional", afirmou Kouros Monadjemi, presidente da LNB.
Um ponto que gerou polêmica antes mesmo do início da competição foi a coincidência de datas entre o NBB, com final em maio, e o Campeonato Paulista, que termina em janeiro.
Por não conseguir alterar o calendário do torneio regional, a organização do Nacional fez uma tabela com apenas um jogo por semana até o fim do ano.
Dessa maneira, as equipes de São Paulo têm de disputar uma partida no meio da semana, pelo Paulista, e outra do NBB no fim de semana. Já os times dos demais Estados terão mais tempo de preparação.
"Vamos disputar quase que um jogo a cada três dias, enquanto que os outros vão poder descansar mais. Há também um maior risco de lesões. No ano passado, tivemos prejuízos com isso", avaliou João Marcelo, técnico do Paulistano.
A organização, por sua vez, acredita que a simultaneidade entre os campeonatos pode até favorecer os paulistas, que terão mais ritmo de jogo.
"Não tem esse desgaste. Aos poucos, temos de acertar [as datas] com a federação [paulista] para evitar esta coincidência", disse Kouros. No total, a liga tem sete equipes paulistas.