|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mais vulnerável,
seleção precisa
confiar na sorte
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo menos metade dos
participantes do Mundial do
ano que vem têm condições
reais de vencer o Brasil no
torneio, seja pela qualidade
desses, seja pela vulnerabilidade e pela previsibilidade
do jogo atual brasileiro.
A defesa de Luiz Felipe
Scolari, é certo, terá três zagueiros, até agora nada entrosados, e deverá sofrer
com seleções que tenham jogadores de frente com boa
movimentação e velocidade.
Seja a poderosa França,
com Zidane, Djorkaeff,
Henry e Trezeguet, a instável
Nigéria, com Okocha, Finidi,
Babagida e Kanu, ou mesmo
a humilde Costa Rica, com
Medford, Gomez, Wanchope e Fonseca podem deixar o
time nacional em polvorosa.
Defensivamente, não há
""bobos" no Mundial, embora Japão, Senegal e Tunísia
tenham frágil retaguarda. O
Brasil não terá facilidade para marcar como em outros
Mundiais. Times de ponta,
como a Itália, medianos, como a Irlanda, e de pouca expressão, como os EUA, são
duras barreiras para qualquer ataque, especialmente
para os que dependem dos
lances de bola parada.
Todos os adversários sabem da predileção do Brasil
em atacar pelas laterais. Cafu
e Roberto Carlos têm sido
bem marcados pelos rivais
quando ganham liberdade
para apoiar. Com o jogo afunilado, fica difícil a ação dos
poucos armadores do país.
Se tomarmos a Espanha de
98 como exemplo, a situação
da seleção preocupa. Em
grupo difícil, os espanhóis
somaram quatro pontos, deram goleada e, mesmo assim, não foram às oitavas.
Uma derrota e um empate
possivelmente condenariam
o Brasil na primeira fase. Assim, o sorteio de hoje dos
grupos da Copa é decisivo
para o país, o que não aconteceu nos últimos Mundiais.
A temer hoje, em especial,
Portugal, Inglaterra, Croácia, Camarões, Nigéria, México, Irlanda e Turquia. Cantar vitória antes, de poucos.
Texto Anterior: Bingo é hoje, sem dinheiro Próximo Texto: Fora das cerimônias de 94 e 98, Pelé agora escolhe a bolinha Índice
|