Pinheiros é a surpresa do Paulista e tem um conjunto forte, já o Osasco, com atletas de seleção, é favorito à taça

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

FIM DA temporada de seleções, agora chegou a hora e a vez dos clubes. Amanhã, já tem um joguinho legal para acompanhar. Pinheiros e Osasco iniciam a luta pelo título paulista. A decisão será em série de três partidas. Um duelo entre um time sem atletas da seleção e o outro todo estrelado.
O Pinheiros é a surpresa. No início do Campeonato Paulista, qualquer um apostaria em uma decisão entre Osasco e São Caetano. Só para lembrar: o Osasco tem quatro campeãs olímpicas (Thaísa, Jaqueline, Sassá e Carol Albuquerque), e o São Caetano, três (Mari, Sheilla e Fofão).
Ok, algumas jogadoras passaram um tempo na seleção, voltaram cansadas e desentrosadas. Já o Pinheiros fez a melhor campanha da fase de classificação. Em 14 jogos, só perdeu um e pegou o Araçatuba na semifinal. Com isso, o outro confronto ficou entre São Caetano e Osasco.
O São Caetano sofreu com os problemas no passe e com a atuação de Mari, que jogou bem abaixo do que poderia e ficou grande parte do jogo decisivo contra o Osasco no banco.
Resultado: o time ficou fora da final.
O time do Osasco, do técnico Luizomar de Moura, está certinho. Tem uma linha de passe sensacional com Sassá, Jaqueline e Camila Brait.
Duas boas levantadoras: Carol e Ana Tiemi, que voltou da seleção com moral. Tiemi é reserva no clube, mas terminou a temporada como titular na seleção. Detalhe: Tiemi não é problema na rede. Com 1,88 m, ela vai bem no bloqueio. Na Copa dos Campeões, foi a terceira melhor bloqueadora da seleção, atrás apenas de Adenízia e Carol Gattaz.
As centrais do Osasco também são muito boas: Thaísa e Adenízia. Com 1,85 m, 11 centímetros mais baixa que Thaísa, Adenízia compensa a desvantagem na altura com muita impulsão e velocidade.
O Osasco também conta com Natália, 20, a Fenômeno. Tem uma força absurda. É a pancada mais forte do vôlei brasileiro. Ela tem todos os recursos para se tornar a melhor jogadora do mundo. No Osasco, Natália joga como oposto. Na seleção, atua como ponteira.
O time do Pinheiros não tem tanta patente, mas apresenta uma grande qualidade: o conjunto. O destaque é a levantadora Fabíola, 26 anos e 1,84 m. Nesta temporada, ela deve evoluir mais, já que terá Paulo Coco, um ex-levantador, como técnico.
Ela é candidata a vaga na seleção.
O Pinheiros tem uma oposto talentosa: a canhota Lia. Em 2007/ 2008, foi a maior pontuadora da Superliga. Na última temporada, foi reserva no Osasco e não apareceu tanto. Uma pena. Agora voltou a ser titular. A lógica é a vitória do Osasco, mas o Pinheiros vai dar trabalho.
Um lembrete: na quinta, começa a Superliga masculina já com um grande jogo entre São Bernardo, de Escadinha, contra Pinheiros, de Giba, Gustavo, Rodrigão e Marcelinho.

cidasan@uol.com.br

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