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ATLETISMO
Prova paulistana abre temporada em que atletas tentam índice olímpico, inclusive Paul Tergat
São Silvestre inicia corrida a Sydney
Ernesto Rodrigues/Folha Imagem
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O queniano Paul Tergat, que ainda não tem vaga garantida para a Sidney-2000, cruza a faixa de chegada da São Silvestre |
FERNANDO ITOKAZU
JOÃO CARLOS BOTELHO
RODRIGO BERTOLOTTO
da Reportagem Local
Dos atletas que disputaram a
75ª São Silvestre, anteontem, apenas a equatoriana Martha Tenório já tem vaga assegurada para a
Olimpíada de Sydney, que começa em 15 de setembro.
A prova de anteontem significou o começo da temporada que
os demais atletas esperam terminar com a participação olímpica.
""O comitê olímpico de meu país
já confirmou minha presença na
maratona. Com isso, posso treinar tranquila", disse Tenório, que
terminou na quarta colocação.
A presença na Austrália não está
confirmada nem para o queniano
Paul Tergat, tetracampeão da
prova paulistana. Apesar de deter
a quarta melhor marca mundial
em 1999 dos 10 mil metros, ele terá de disputar a seletiva que o país
fará para escolher os três representantes na prova.
""No Quênia, há muita concorrência nessas provas de longa distância. Espero ser bem sucedido
no dia da seletiva", disse Tergat
após a nova vitória em São Paulo.
Nessa disputa classificatória,
Tergat terá de concorrer novamente com alguns conterrâneos
que ele bateu ontem, como William Kiplagat (terminou em terceiro), David Chelule (oitavo) e
Simon Rono (nono).
Tergat conquistou a medalha de
prata nos Jogos de 1996, em
Atlanta (EUA), nos 10 mil metros.
""Quero voltar a uma Olimpíada e
ver se posso ir além da prata", disse o atleta.
No Quênia, as provas de fundo
do atletismo são muito populares.
O resultado é que os fundistas do
país são considerados os melhores do mundo, dominando nos
últimos anos as competições de
longa distância nos Mundiais e
nas Olimpíadas.
Vencedora da São Silvestre, a
queniana Lydia Cheromei também vai ter de encarar de novo
Delillah Asiago e Esther Kiplagat,
que terminaram, respectivamente, como segunda e terceira.
Já a iugoslava Olivera Jetvic,
vencedora da São Silvestre em
1998 e oitava na última edição, vai
tentar vagas nos 5 mil e nos 10 mil
metros. ""Acho que a próxima será
minha melhor temporada", afirmou a corredora de 22 anos.
Para o sul-africano Hendrick
Ramaala, o cenário é melhor, com
mais chances de estar nos Jogos
Olímpicos, porque o nível técnico
das seletivas é mais baixo.
Ele foi terceiro colocado na São
Silvestre de 1997, segundo em
1998, mas terminou a última corrida em 11º lugar.
Ramaala vai tentar o índice para
a prova dos 10 mil metros. ""Tenho
até maio para conseguir. Acho
que dá tempo", afirmou.
Brasil
Entre os brasileiros, o paranaense Vanderlei Cordeiro de Lima é o
que tem mais chances. Ele fez a
melhor marca brasileira da maratona em 1999. Como o país tem
três vagas olímpicas, Vanderlei só
não vai a Sydney se outros três
atletas superarem sua marca
(2h08min40s, que ele fez em Fukuoka, no Japão).
""O Vanderlei está numa fase de
treinamento muito melhor que a
minha. Ele tem grandes chances",
afirma Émerson Iser Bem, vencedor da São Silvestre em 1997 e que
espera chegar ao índice dos 5 mil e
dos 10 mil metros.
""Quero superar os problemas
de contusão que tive em 1999 e estar representando o Brasil em
Sydney", disse Iser Bem.
Já Cleusa Maria Irineu, brasileira mais bem colocada anteontem
(sexta), planeja seu semestre para
chegar ao índice dos 10 mil metros e da maratona. ""Decidi que
agora vai ou racha. Meu trabalho
é correr, e a consagração dele é
participar da Olimpíada."
A provas de fundo em que o
Brasil tem mais chances nos Jogos
de Sydney é a maratona olímpica,
na qual já teve Ronaldo da Costa
como recordista. O atleta, porém,
ainda não assegurou sua vaga.
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