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São Paulo, domingo, 02 de fevereiro de 2003

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PAINEL FC

A ver navios
Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo começam a se mobilizar. Os quatro grandes do Estado temem que, como o Paulista não está sendo exibido com exclusividade nem por Globo nem por SBT, no final acabem ficando sem um centavo das emissoras de TV. Até agora, pelo menos, o quarteto ainda não viu a cor do dinheiro.

Lavando as mãos
O que os grandes querem é que a Federação Paulista de Futebol se manifeste e garanta que eles não ficarão sem cota. O problema é que Eduardo José Farah fugiu da tempestade, pedindo licença, e Reynaldo Carneiro Bastos e Marco Polo del Nero, que respondem pela entidade, dizem aos dirigentes que só a Justiça pode resolver o imbróglio.

Casa velha
Ricardo Teixeira conseguiu. Recebeu, como queria, autorização da Assembléia Geral da CBF para vender o prédio que funcionou como sede da entidade no centro do Rio e leva o nome de João Havelange. Tentará se desfazer do imóvel o mais rapidamente possível.

Mansão própria
Também com aprovação da assembléia, a CBF deixará de pagar aluguel. A entidade procura terreno na Barra da Tijuca para erguer um prédio próprio, onde passaria a trabalhar, e um museu do futebol. Deixará o condomínio de luxo, também na Barra, que ocupa desde que saiu da rua da Alfândega.

Seleção contra a fome
O Ministério do Esporte já iniciou contatos com a CBF. A idéia é que a entidade agende um amistoso da seleção contra Senegal e repasse as receitas de TV e bilheteria para o Fome Zero, um dos principais programas do governo Lula.

Férias forçadas
O técnico Joel Santana pediu, mas obteve um sonoro não como resposta da diretoria. O Vitória terá que continuar disputando o Baiano com o time de juniores. Se o Campeonato do Nordeste não sair do papel, azar. Os atletas da equipe principal ficarão parados até o final de março, quando começa o Nacional.

Improviso
Assim como o Botafogo fará em Caio Martins, o Flamengo resolver usar arquibancadas tubulares na Gávea. Com elas, a capacidade do estádio para o Brasileiro passará a ser de 18 mil torcedores. O custo da obra é estimado em R$ 500 mil.

Caça aos piratas
Mesmo antes de lançar a sua nova camisa da Nike, amanhã, em SP, o Corinthians já pensa em como combater a pirataria. Quer criar um disque-denúncia e adotar ""violentas medidas jurídicas" contra os piratas. Acredita que os falsificadores sejam grandes fábricas e não empresas de fundo de quintal.

Antes da hora
O que mais irritou a cúpula corintiana foi a quantidade de camisas falsificadas vendidas na quarta, quando o time pegou a Lusa, no Pacaembu. Detalhe: a verdadeira camisa da Nike só estará disponível no mercado a partir de amanhã.

COB abaixo de zero
Eric Maleson, da Confederação Brasileira de Bobsled, convidou Carlos Arthur Nuzman para pilotar um trenó. O presidente do COB gostou da idéia. Mas sua mulher, Márcia Peltier, não muito. A apresentadora teme uma possível contusão.

Vento a favor
O governador Geraldo Alckmin brincou com o fato de o contrato para construção da nova pista de atletismo do Ibirapuera ter sido fechado na gestão do iatista Lars Grael. ""Passou por quatro secretários, mas foi com Grael que a coisa foi de vento em popa", afirmou.

Malha fina
Após examinar as contas dos Mundiais de vôlei, a FIVB decidiu expulsar de seus quadros Mario Goijman, presidente da federação argentina. Viu irregularidades nos contratos assinados pelo dirigente para organizar o torneio masculino, vencido pelo Brasil em outubro.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
De Paulo Carneiro, presidente do Vitória, sobre o C13 defender acordo com a Globo para transmissão do Brasileiro-03:
-Os clubes têm que analisar com carinho também a proposta do SBT. Nós temos que defender nossos interesses, não os das emissoras de TV.

CONTRA-ATAQUE

Torcida de aluguel

O torcedor da Lusa não aguenta mais. Além dos 30 anos sem títulos, o time caiu para a Série B do Brasileiro e, no Paulista, ainda não sabe o que é vencer.
Desesperado, um conselheiro do clube, que se identificou apenas como Abílio, pôs anúncio num jornal à procura de interessados em "torcer por importante clube da capital, divisão especial, em decréscimo de massa torcedora e em regime de bico [sic"". A verba -cerca de R$ 30 por "torcedor"- sairia de seu próprio bolso.
"Estou ainda vendo se é viável, mas a idéia é dar ingresso, sanduíche, refrigerante e mais R$ 10. Acho que nossos jogadores ficariam mais motivados com mais torcedores no estádio."
Desanimado, ele conta que esteve em Portugal e, mesmo na terrinha, ninguém torce para a Lusa -é todo mundo Santos ou Corinthians, quando se trata do futebol paulista. Para ele, contratar uma torcida de aluguel parece a única esperança. "Nossa torcida envelheceu. Se fizéssemos um minuto de silêncio para cada morte, ficaríamos calados uns cinco minutos por reunião."



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