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BASQUETE
Calendário da liga americana coincide com o da equipe nacional e pode provocar impasse para "estrangeiras"
WNBA cria "escolha de Sofia" para as atletas da seleção
DA REPORTAGEM LOCAL
O calendário da WNBA deve
provocar uma "escolha de Sofia"
para as jogadoras brasileiras que
atuarem na liga norte-americana
de basquete nesta temporada.
Se forem para o exterior, as atletas podem ser obrigadas a optar
entre vestir a camisa verde-amarela ou disputar o título do mais
importante campeonato feminino de clubes do mundo.
A fase regular da WNBA começará a ser disputada no dia 22 de
maio e vai até 25 de agosto.
Três dias depois do encerramento da primeira etapa, as equipes iniciam os mata-matas. A série que decide o título do campeonato está marcada para começar
no dia 12 de setembro.
Enquanto a disputa se desenrola nos EUA, as seleções brasileiras
também têm importantes compromissos marcados.
Para as jogadoras da equipe nacional sub-21, a competição mais
gabaritada será o Campeonato
Mundial, na Croácia, que vai de
25 de julho a 3 de agosto, em plena
temporada regular da WNBA.
Nesse cenário, a ala-armadora
Iziane, que no ano passado jogou
pelo Miami Sol, e a pivô Érika, do
Los Angeles Sparks, podem ficar
em situação complicada. Para jogar novamente nos times norte-americanos, podem ter de abdicar
da seleção -e vice-versa.
Já a ala Janeth, por exemplo, se
renovar seu compromisso com o
Houston Comets, enfrentará o dilema caso seu time chegue aos
playoffs da liga americana, a partir do dia 28 de agosto.
O Pré-Olímpico feminino de
basquete vai de 10 a 14 de setembro, no México. No mesmo período, a WNBA inicia suas finais.
Para novamente disputar o título -foi tetracampeã da liga em
1997, 1998, 1999 e 2000-, a principal jogadora do Brasil teria de
abrir mão da seleção.
Deixar o campeonato dos EUA
ao fim da fase regular também
não representará grande vantagem para as brasileiras.
As jogadoras poderão participar do Pré-Olímpico, mas se
apresentarão desgastadas e às
vésperas do início da competição.
No Mundial da China, no ano
passado, a seleção brasileira ficou
apenas em sétimo lugar contando
com oito atletas que jogaram na
WNBA entre as 11 do grupo -Janeth, Iziane, Érika, Cíntia Tuiú
(Orlando Miracle), Claudinha
(Miami Sol), Helen (Washington
Mystics), Adrianinha (Phoenix
Mercury) e Kelly (Detroit Shock).
Após a má campanha da equipe, a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) elegeu a falta de
tempo para preparação como a
principal culpada pelo resultado
em quadras chinesas.
Para evitar que isso se repita
neste ano, quando o time busca
vaga nos Jogos Olímpicos de 2004
(e só o vencedor do Pré-Olímpico
irá a Atenas), o presidente da entidade afirmou que pretende repatriar as atletas.
Gerasime Bozikis, o Grego, quer
utilizar recursos da Lei Piva para
manter as atletas no Brasil.
Das 12 jogadoras que atuaram
no Mundial da China, em 2002,
apenas cinco jogaram no último
Nacional: Janeth, Micaela, Érika e
as irmãs Helen e Silvinha.
Na última temporada da
WNBA, entre as brasileiras, somente Janeth foi titular. A ala ficou em quadra durante cerca de
30 minutos por jogo. As outras sete representantes do Brasil, somadas, jogaram, em média, apenas
11,1 minutos por partida.
Apesar de não terem jogado
muito, a passagem pela liga americana foi importante para dar
mais experiência às novatas Iziane e Érika, ambas com 20 anos.
Érika, que atuou no campeão
LA Sparks, voltou ao Brasil e foi
um dos principais destaques do
São Paulo-Guaru, que conquistou
em janeiro o título do Nacional.
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