São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

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Protestos e chuva marcam torneio, que ganha concorrência da Libertadores e da Copa do Brasil

Paulista revê problemas em seu último "show solo"

DA REPORTAGEM LOCAL

O Paulista viveu ontem uma tarde de velhos e novos problemas na rodada em que se despediu da condição de atração única do futebol estadual -amanhã tem início da Taça Libertadores e, na quarta, a Copa do Brasil.
Além do emocionante clássico entre Palmeiras e Santos, que empataram em dois gols no Morumbi, a quarta rodada do Paulista-04 teve novamente público pequeno e protesto de torcidas uniformizadas, inconformadas com o aumento no preço dos ingressos.
Sofreu também com a chuva, apontada por Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista, como a responsável pelo baixo índice de freqüência nos estádios nas duas primeiras rodadas do Estadual. Ontem, a partida entre Santo André e União São João, ficou paralisada quase duas horas por causa de um temporal.
Anteontem, o problema foi ainda maior. O juiz Luís Flavio de Oliveira interrompeu Juventus x Ponte Preta quando os campineiros venciam por 1 a 0. O regulamento prevê disputa de nova partida, ainda sem data definida.
O público também compareceu em número inferior ao esperado pela direção da FPF. O Corinthians levou apenas 3.948 pagantes ao empate em 0 a 0 com o União Barbarense.
Menos gente ainda (3.177 pessoas) prestigiou o São Paulo no Ulrico Mursa na goleada de 4 a 1 sobre a Portuguesa Santista.
Apenas no clássico entre palmeirenses e santistas o público ultrapassou a casa dos 10 mil -um total de 18.387. Mesmo assim, o Morumbi foi palco de protesto.
Apesar do pedido de integrantes da cúpula da FPF durante a semana, as torcidas uniformizadas pregaram boicote ao jogo. Antes do clássico, integrantes da Torcida Jovem e da Mancha Alviverde estiveram ao mesmo tempo na praça Roberto Gomes Pedrosa, que fica em frente ao portão principal do estádio do Morumbi.
A Mancha iniciou o protesto sozinha. Pouco depois, os santistas chegaram para engrossar o coro contra o valor de R$ 20. "Eles demoraram para chegar porque foram parados pela polícia quando vinham para o estádio. Agora estamos aqui fora [do estádio], ouvindo o jogo pelo rádio e fazendo um sambinha", disse Janio Carvalho, presidente da Mancha.
Para os torcedores dos quatro grandes, a tendência é que o Paulista, a partir de agora, fique ainda mais desinteressante.
Corintianos e palmeirenses estréiam na quarta na Copa do Brasil. O time de Juninho joga em João Pessoa, contra o Botafogo-PB. O de Picerni vai a Belém enfrentar a Tuna Luso.
Santistas e são-paulinos também iniciam a busca pelo tricampeonato da Libertadores. Na quinta, os alvinegros pegam o The Stongest, na Bolívia. O time de Cuca terá que esperar mais um pouco para estrear -será no dia 11, contra o Alianza, em Lima.



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