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Protestos e chuva marcam torneio, que ganha concorrência da Libertadores e da Copa do Brasil
Paulista revê problemas em seu último "show solo"
DA REPORTAGEM LOCAL
O Paulista viveu ontem uma
tarde de velhos e novos problemas na rodada em que se despediu da condição de atração única
do futebol estadual -amanhã
tem início da Taça Libertadores e,
na quarta, a Copa do Brasil.
Além do emocionante clássico
entre Palmeiras e Santos, que empataram em dois gols no Morumbi, a quarta rodada do Paulista-04
teve novamente público pequeno
e protesto de torcidas uniformizadas, inconformadas com o aumento no preço dos ingressos.
Sofreu também com a chuva,
apontada por Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista, como a responsável pelo baixo índice de freqüência nos estádios nas duas primeiras rodadas
do Estadual. Ontem, a partida entre Santo André e União São João,
ficou paralisada quase duas horas
por causa de um temporal.
Anteontem, o problema foi ainda maior. O juiz Luís Flavio de
Oliveira interrompeu Juventus x
Ponte Preta quando os campineiros venciam por 1 a 0. O regulamento prevê disputa de nova partida, ainda sem data definida.
O público também compareceu
em número inferior ao esperado
pela direção da FPF. O Corinthians levou apenas 3.948 pagantes ao empate em 0 a 0 com o
União Barbarense.
Menos gente ainda (3.177 pessoas) prestigiou o São Paulo no
Ulrico Mursa na goleada de 4 a 1
sobre a Portuguesa Santista.
Apenas no clássico entre palmeirenses e santistas o público ultrapassou a casa dos 10 mil -um
total de 18.387. Mesmo assim, o
Morumbi foi palco de protesto.
Apesar do pedido de integrantes da cúpula da FPF durante a semana, as torcidas uniformizadas
pregaram boicote ao jogo. Antes
do clássico, integrantes da Torcida Jovem e da Mancha Alviverde
estiveram ao mesmo tempo na
praça Roberto Gomes Pedrosa,
que fica em frente ao portão principal do estádio do Morumbi.
A Mancha iniciou o protesto sozinha. Pouco depois, os santistas
chegaram para engrossar o coro
contra o valor de R$ 20. "Eles demoraram para chegar porque foram parados pela polícia quando
vinham para o estádio. Agora estamos aqui fora [do estádio], ouvindo o jogo pelo rádio e fazendo
um sambinha", disse Janio Carvalho, presidente da Mancha.
Para os torcedores dos quatro
grandes, a tendência é que o Paulista, a partir de agora, fique ainda
mais desinteressante.
Corintianos e palmeirenses estréiam na quarta na Copa do Brasil. O time de Juninho joga em
João Pessoa, contra o Botafogo-PB. O de Picerni vai a Belém enfrentar a Tuna Luso.
Santistas e são-paulinos também iniciam a busca pelo tricampeonato da Libertadores. Na
quinta, os alvinegros pegam o The
Stongest, na Bolívia. O time de
Cuca terá que esperar mais um
pouco para estrear -será no dia
11, contra o Alianza, em Lima.
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