São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

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FUTEBOL

Em seu primeiro clássico após quase 1 ano, time sai na frente, abre 2 a 0, perde pênalti, mas cede empate para o Santos

"Ansioso", Palmeiras quase surpreende

Ayrton Vignola/Folha Imagem
O santista Paulo Almeida tenta pegar a bola de Magrão, volante palmeirense, no clássico de ontem


JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Numa partida emocionante, o Santos recuperou-se no segundo tempo e estragou a volta do Palmeiras aos clássicos estaduais, dos quais ele estava afastado havia dez meses e 24 dias.
Conseguiu mudar o panorama do jogo na etapa final e, depois de estar perdendo por 2 a 0 na etapa inicial, chegou aos 2 a 2 no final e por pouco não virou o marcador.
Apesar da inexperiência e da grande ansiedade de alguns jogadores -seis jamais haviam atuado pelo clube num jogo em que há enorme rivalidade com o adversário-, o time de Jair Picerni iniciou melhor o jogo, mesmo com uma má notícia antes da partida.
Marcinho, um dos estreantes em clássicos e que nunca jogara no Morumbi, não pôde atuar. O atleta, que seria o terceiro zagueiro, sofreu crise asmática e tomou medicamento que poderia ser detectado no exame antidoping.
Corrêa entrou em seu lugar e se tornou o responsável por fazer a marcação em Robinho. Deu certo. Na etapa inicial, o atacante santista fora praticamente anulado pelo volante, que jogou improvisado na zaga. A única boa jogada de Robinho no primeiro tempo deu-se logo no início do jogo, quando chutou para o gol: Leonardo salvou em cima da linha.
Mas aos 6min o Palmeiras já abria a contagem. Baiano cobrou escanteio, e Magrão, aproveitando falha de marcação da defesa santista, fez de cabeça.
Quatro minutos depois o Santos por pouco não empatou. Elano, que mais tarde daria dois bons chutes a gol, um defendido por Marcos e outro, salvo em cima da linha do gol por Corrêa.
Preocupado com os sucessivos avanços do Palmeiras pelo lado direito da defesa santista, Emerson Leão pediu para Paulo Almeida recuar para que Alex fizesse a cobertura de Paulo César.
De nada adiantou e por lá o time de Picerni continuou a fazer suas principais jogadas.
Lúcio avançou pela esquerda do ataque palmeirense, tocou para Elson, que foi derrubado por Renato na área. Pênalti que Vágner desperdiçou, chutando mal para fora, à direita de Júlio Sérgio.
Aos 28min, Vágner se recuperaria da falha. Paulo Almeida errou na marcação e não conseguiu acompanhar o rival, que penetrou livre para fazer 2 a 0.
Com o placar favorável, a torcida do Palmeiras passou a fazer a festa. Gritou até ""ê, ô, ê, ô, Mustafá é um terror", defendendo o presidente do clube, tão criticado no ano passado, quando o time disputou a Série B do Brasileiro.
No segundo tempo, porém, a história mudou do jogo. Sem Diego e Paulo Almeida, substituídos, o Santos melhorou e marcou aos 14min, com Robinho. Ele entrou na área e aproveitou passe de Elano em cobrança de falta: 2 a 1.
O Santos ainda teve outra grande chance com Elano. Ele chutou com perigo, e Baiano salvou em cima da linha.
Mas aos 37min não houve defensor para evitar o gol. Paulo César cruzou para a área rival, e Renato não desperdiçou. De cabeça, empatou para o Santos.



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