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Santos para na trave e despenca na classificação
Artilheiro Kléber Pereira chuta quatro bolas no poste, time
é derrotado por Ituano e cai para o sétimo lugar no Paulista
Ituano 2
Santos 0
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santos viveu uma noite incomum ontem em Itu. O mau
futebol apresentado pelo time,
principalmente no segundo
tempo, seria suficiente para
justificar a derrota por 2 a 0 para o Ituano, a primeira do time
do litoral neste Paulista.
Mas é certo que o revés santista contou com boa dose de
falta de sorte. Nos 45 minutos
iniciais, a equipe foi melhor que
o rival, mas parou na trave.
Cinco arremates, quatro deles do artilheiro Kléber Pereira,
acertaram o poste adversário.
Na etapa final, outra bola carimbou a trave do Ituano.
"Não podemos colocar isso
como desculpa. Nós não jogamos bem", disse o volante Rodrigo Souto, após a partida.
Com o resultado, o Santos,
além de perder a invencibilidade, caiu para a sétima posição.
Desde o início, o Santos tomou o controle do jogo. Logo
no primeiro lance do confronto, Tiago Bernardi empurrou o
santista Fabão na área, mas o
árbitro Paulo César de Oliveira
não marcou o pênalti.
Com dois jogadores rápidos
pelos lados, Roni, pela direita, e
Madson, pela esquerda, os santistas chegavam em velocidade
à área do Ituano, mas não conseguiam distribuir a bola para
Kléber Pereira, o artilheiro
santista. Por isso, arriscavam
chutes de longa distância.
Aos poucos, porém, o lateral
Triguinho passou a avançar
mais. E, dos pés dele, a bola
chegou ao centroavante duas
vezes. Em ambas, Kléber Pereira acertou a trave do goleiro
Alexandre Fávaro -numa delas, tentou de bicicleta.
Pressionado, o técnico do
Ituano, Vinícius Eutrópio,
adiantou sua equipe. Conseguiu equilibrar o jogo. E o atacante Ricardo Xavier começou
a aparecer. Primeiro, acertou a
trave de Fábio Costa. Depois,
recebeu a bola na área, ganhou
de Triguinho, e tocou na saída
do goleiro, aos 28min.
O Santos voltou a pressionar,
mas Kléber Pereira não estava
com sorte. Em outros dois lances individuais, acertou a trave.
O mesmo fez Madson, em
outro chute no poste defendido
por Fávaro. Se o ataque santista
parou na trave, o do Ituano foi
mais eficiente. Em boa troca de
passes, Alex Afonso tocou entre
as pernas de Fábio Costa e ampliou o placar, aos 46min.
"No primeiro tempo, nunca
vi [tantas bolas na trave]. Acho
que isso acontece, mas estamos
perdendo. Está faltando um
pouco de ambição, de atitude",
lamentou Kléber Pereira.
Márcio Fernandes promoveu a estreia do equatoriano
Bolaños, que substituiu Triguinho. A tática, claro, era tentar
furar o bloqueio do adversário
em jogadas pelas laterais.
O time de Itu, no entanto, defendia-se com eficiência. O técnico santista mudou de novo. O
meia Lúcio Flávio saiu para a
entrada de Molina. Bem postado, o time da casa fazia o tempo
passar e ainda arriscava alguns
contragolpes perigosos.
O Santos, com o passar do
tempo, foi se enervando. Os
cruzamentos na área não encontravam os atacantes. Só um
deles foi na direção certa, a cabeça de Roni, mas a bola foi para o alvo da noite: a trave.
Agora o time encara o São
Caetano, na quinta, em casa.
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