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Prancheta do PVC
Paulo Vinícius Coelho - pvc@uol.com.br
O papel do centroavante
A TORCIDA DO Corinthians não perdoa
Souza. Há motivos para isso. O gol inacreditavelmente perdido no primeiro
tempo, contra o Oeste, ou a
maneira como sai da área e
mata bolas de canela. Mas é
preciso entender seu papel no
time, antes de analisar seu desempenho. Souza não é, nem
nunca foi, um grande goleador. Nem quando marcou 17
vezes para ser artilheiro do
Brasileirão-2006 pelo Goiás.
É um operário do ataque e
seu avalista é o técnico Mano
Menezes: "O papel do centroavante mudou, porque o
futebol não tem mais o volume ofensivo do passado".
Mas vá tentar convencer o
torcedor, que vaiava Souza no
Pacaembu, de que ele tem importância para a equipe. Tem.
Souza não é Keirrison, ou
Washington, centroavante do
tipo que oferece passes para
gol, mas também deixam suas
marcas. Os camisas 9 do Palmeiras e do São Paulo são elogiados pelos gols que fazem e
pelos que oferecem. Souza
não. No Flamengo, era criticado até quando marcava.
Souza não é Keirrison, mas
também não é Roger, que
atormenta a torcida do Fluminense. Ele não marca, não
passa, não faz pivô. Não fez isso nem no Palmeiras, nem no
São Paulo, nem no Sport. E
também não faz no Fluminense. É justo criticá-lo.
"Souza tem jogado bem,
embora não faça gols", defende Mano Menezes. Mas sua
importância só será reconhecida se ocorrer com o Corinthians o que aconteceu com o
São Paulo, de Aloísio. O Tricolor foi campeão mundial com
passe de seu centroavante, digo, de seu pivô.
E assim Aloísio passou a ser
reconhecido, como imprescindível pela maneira como
abria defesas e oferecia passes
decisivos. Chegou a dizer que
preferia as partidas em que
não fazia gols, uma contradição para quem atendia pelo
nome de "centroavante".
O Corinthians de hoje não
tem centroavante. Tem o pivô
Souza, perfeito para preparar
jogadas, nem tão bom para ser
chamado de artilheiro. E tem
Ronaldo, que nasceu para fazer gols, mas, por enquanto,
está morto para jogar em alto
nível. Para a torcida, resta entender que Souza é pivô, mais
do que centroavante. Para
Souza, fica o pito de Mano
Menezes: "Ele tem jogado
bem. Mas não pode perder
gols como contra o Oeste".
DESTINO
Pato marcou seu 19º gol no
Italiano. Em 40 jogos e aos
19 anos. O número representa uma bola na rede a cada
dois jogos e o melhor desempenho na comparação com
todos os atletas de sua idade
desde 29. O último a marcar
tão cedo foi... Giuseppe
Meazza, que dá nome ao estádio onde Pato joga.
NÃO COMPARE
Com reservas, o Palmeiras
venceu a Ponte. Já comparam o início deste time de
Luxemburgo ao de 96, campeão com 102 gols em 30 jogos. Daquela vez, empatou
na quarta rodada. Mais recentemente, conseguiu
100% de aproveitamento
nas primeiras quatro partidas. Foi em 2006, com Leão.
MOVIMENTO
O time do Flamengo conseguiu 100% de aproveitamento nas primeiras três rodadas do Campeonato Carioca.
Porém a equipe... Até o momento, o treinador Cuca não
conseguiu fazer sua equipe se mexer como pretende. Leonardo Moura trabalha como meia, e o time da Gávea não
tem exibido jogadas pelos lados. A exceção foi o cruzamento executado por Egício, o reserva de Juan, que deu o
gol da vitória sobre o Volta Redonda ao atacante Josiel.
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