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Novatos protagonizam dérbi
Dos 22 jogadores que vão a campo no Morumbi, 13 jamais disputaram um Corinthians x Palmeiras
No alvinegro, Bruno Octávio
é o experiente no clássico;
já o adversário tem Marcos
e Luxemburgo, que fizeram
história pelo time alviverde
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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O meia Diego Souza, que tem experiência em clássicos em outros Estados e que é um dos estreantes do Palmeiras em partidas contra o Corinthians, no Morumbi
DA REPORTAGEM LOCAL
O clássico de maior rivalidade do futebol paulista será protagonizado por um punhado de
atletas que não sabem o que é
atuar em um Corinthians x Palmeiras. Dos 22 jogadores que
devem iniciar a partida desta
tarde, no Morumbi, 13 nunca
disputaram o dérbi.
Os corintianos, que renovaram praticamente todo o elenco, têm sete debutantes, sem
falar no técnico, Mano Menezes. Já os palmeirenses terão
seis jogadores atuando pela primeira vez contra os rivais.
"Em todo lugar falam "vamos
ganhar deles". E quem está chegando, como eu, quer vencer
mesmo, já entrou no clima",
afirma o volante Perdigão, que
retorna ao time alvinegro hoje.
Até quem fez história nas categorias de base do Corinthians
diz que sentirá o gosto do clássico pela primeira vez.
"É um clássico [no time profissional] que já tem uma história. Na base não é tão falado. O
que acontecer vai ficar marcado, ainda mais por ser minha
primeira vez", declara o atacante Lulinha, que atuará ao lado
do argentino Herrera.
Além deles, os zagueiros William e Chicão, o lateral André
Santos e o meia Héverton vão
estrear no dérbi. No Corinthians atual, quem tem mais
experiência neste confronto é o
volante Bruno Octávio, que debutou no clássico em 2005.
Os demais -Felipe, Carlos
Alberto e Carlão- só estrearam
no Corinthians x Palmeiras em
2007. E amargam retrospecto
negativo: três derrotas.
No lado palmeirense, os novatos terão a companhia de
dois personagens que fizeram
história no clássico. Diferentemente de Mano Menezes, o
técnico Vanderlei Luxemburgo
ganhou status de estrela no futebol após triunfar com o Palmeiras no Paulista de 1993
diante do arqui-rival.
O título encerrou jejum de 16
anos sem conquistas do clube
alviverde. No Palmeiras, o treinador, que também já comandou o rival no duelo, bateu o
Corinthians seis vezes, empatou cinco e perdeu três.
Seis anos mais tarde, em
1999, o goleiro Marcos marcou
de vez seu nome na história do
time ao se tornar herói no duelo que eliminou, na disputa de
pênaltis, o então favorito Corinthians da Libertadores. Façanha repetida em 2000.
"Todo mundo sente frio na
barriga, até quem já disputou [o
clássico]. Mas a gente sabe que
também é a oportunidade de
ter o reconhecimento da torcida. Você sente mais antes do jogo, durante a concentração.
Mas depois, no meio do jogo,
esquece", afirma o goleiro.
O treinador e o capitão palmeirense serão os mentores
dos estreantes Élder Granja,
Henrique, Léo Lima, Diego
Souza, Alex Mineiro e Kléber.
Assim como os novatos corintianos, eles têm experiência
em clássicos de outros Estados
do país. "É um clássico conhecido mundialmente. Quando
você chega aqui, nas conversas
com os companheiros nos vestiários, já sente a importância",
comenta Diego Souza.
O confronto desta tarde pode
ser o único entre os dois clubes
neste ano, caso um dos dois não
avance às semifinais do Paulista ou não chegue à final da Copa
do Brasil.
(EDUARDO ARRUDA, PAULO GALDIERI E RENAN CACIOLI)
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