São Paulo, domingo, 02 de março de 2008

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Novatos protagonizam dérbi

Dos 22 jogadores que vão a campo no Morumbi, 13 jamais disputaram um Corinthians x Palmeiras

No alvinegro, Bruno Octávio é o experiente no clássico; já o adversário tem Marcos e Luxemburgo, que fizeram história pelo time alviverde

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O meia Diego Souza, que tem experiência em clássicos em outros Estados e que é um dos estreantes do Palmeiras em partidas contra o Corinthians, no Morumbi

DA REPORTAGEM LOCAL

O clássico de maior rivalidade do futebol paulista será protagonizado por um punhado de atletas que não sabem o que é atuar em um Corinthians x Palmeiras. Dos 22 jogadores que devem iniciar a partida desta tarde, no Morumbi, 13 nunca disputaram o dérbi.
Os corintianos, que renovaram praticamente todo o elenco, têm sete debutantes, sem falar no técnico, Mano Menezes. Já os palmeirenses terão seis jogadores atuando pela primeira vez contra os rivais.
"Em todo lugar falam "vamos ganhar deles". E quem está chegando, como eu, quer vencer mesmo, já entrou no clima", afirma o volante Perdigão, que retorna ao time alvinegro hoje.
Até quem fez história nas categorias de base do Corinthians diz que sentirá o gosto do clássico pela primeira vez.
"É um clássico [no time profissional] que já tem uma história. Na base não é tão falado. O que acontecer vai ficar marcado, ainda mais por ser minha primeira vez", declara o atacante Lulinha, que atuará ao lado do argentino Herrera.
Além deles, os zagueiros William e Chicão, o lateral André Santos e o meia Héverton vão estrear no dérbi. No Corinthians atual, quem tem mais experiência neste confronto é o volante Bruno Octávio, que debutou no clássico em 2005.
Os demais -Felipe, Carlos Alberto e Carlão- só estrearam no Corinthians x Palmeiras em 2007. E amargam retrospecto negativo: três derrotas.
No lado palmeirense, os novatos terão a companhia de dois personagens que fizeram história no clássico. Diferentemente de Mano Menezes, o técnico Vanderlei Luxemburgo ganhou status de estrela no futebol após triunfar com o Palmeiras no Paulista de 1993 diante do arqui-rival.
O título encerrou jejum de 16 anos sem conquistas do clube alviverde. No Palmeiras, o treinador, que também já comandou o rival no duelo, bateu o Corinthians seis vezes, empatou cinco e perdeu três.
Seis anos mais tarde, em 1999, o goleiro Marcos marcou de vez seu nome na história do time ao se tornar herói no duelo que eliminou, na disputa de pênaltis, o então favorito Corinthians da Libertadores. Façanha repetida em 2000.
"Todo mundo sente frio na barriga, até quem já disputou [o clássico]. Mas a gente sabe que também é a oportunidade de ter o reconhecimento da torcida. Você sente mais antes do jogo, durante a concentração. Mas depois, no meio do jogo, esquece", afirma o goleiro.
O treinador e o capitão palmeirense serão os mentores dos estreantes Élder Granja, Henrique, Léo Lima, Diego Souza, Alex Mineiro e Kléber.
Assim como os novatos corintianos, eles têm experiência em clássicos de outros Estados do país. "É um clássico conhecido mundialmente. Quando você chega aqui, nas conversas com os companheiros nos vestiários, já sente a importância", comenta Diego Souza.
O confronto desta tarde pode ser o único entre os dois clubes neste ano, caso um dos dois não avance às semifinais do Paulista ou não chegue à final da Copa do Brasil. (EDUARDO ARRUDA, PAULO GALDIERI E RENAN CACIOLI)


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