São Paulo, segunda-feira, 02 de março de 2009

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Santos quebra tabus do São Paulo e adentra G4

Time vence 1º clássico no ano e põe fim à invencibilidade do rival fora de casa

Santos 1
São Paulo 0


CAROLINA ARAÚJO
RICARDO VIEL
TONI ASSIS

ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

No batismo do técnico Vagner Mancini diante de sua torcida, o Santos derrotou o São Paulo por 1 a 0 ontem e cumpriu o seu objetivo: entrar no G4 e ganhar fôlego para o restante do Campeonato Paulista.
Mais: quebrou duas marcas do adversário. O time do Morumbi ainda não havia perdido fora de casa neste Paulista e seu técnico, Muricy Ramalho, estava invicto em jogos na Vila Belmiro desde que assumiu a equipe tricolor, em 2006 -eram duas vitórias e dois empates.
"Isso nos dá tranquilidade para trabalhar. Mas não para nos iludir. Temos um grande grupo, mas muito trabalho pela frente", falou Fábio Costa.
O São Paulo tenta agora superar o abatimento e focar a Taça Libertadores. Na quinta-feira, o time do Morumbi enfrenta o América de Cali, na Colômbia. Pelo Paulista, no domingo, pega o Mogi Mirim.
"Não podemos baixar a cabeça. Estamos tristes porque não ganhamos, mas temos uma partida importante pela Libertadores. É outra decisão", afirmou o ala Jorge Wagner.
Ontem, diante de sua torcida, o Santos iniciou a partida pressionando a saída de bola. Com Roni mais adiantado e Madson e Molina chegando de trás, Mancini tentava tirar a sobra na zaga do adversário.
Ao contrário do que fez contra o Corinthians, Muricy entrou em campo quase com todo o time principal. A única surpresa foi Wagner Diniz na ala direita, no lugar de Zé Luís.
Para fugir da pressão, a equipe da capital, que usou o 3-5-2, recorreu à reposição de Rogério com os pés para minar a pressão santista no início.
E foi o São Paulo que quase abriu o placar. O atacante Washington cabeceou, mas Léo salvou em cima da linha.
Apesar de ter três zagueiros fortes -Fabão, Domingos e Fabiano Eller-, o Santos tinha dificuldade para rifar os cruzamentos de Jorge Wagner.
Ao final do primeiro tempo, o ritmo ficou mais cadenciado. E coube a Molina mudar esse cenário. Roni deu uma puxeta para o meio da área, e o colombiano encheu o pé, rasteiro: 1 a 0.
No intervalo, Muricy demonstrava irritação. "É um jogo de pouca criatividade e muita marcação. Mas não gostei da equipe", falou o treinador, que voltou a campo com Zé Luís.
Os santistas quase ampliaram aos 13min da etapa final, quando André Dias acertou a própria trave ao tentar tirar um cruzamento de Luizinho.
Depois, disposto a defender o 1 a 0, o Santos trabalhou mais em seu campo e trancou o jogo. Sem inspiração, o São Paulo tentou igualar em uma falta da entrada da área. Rogério, porém, mandou por cima do gol.
O clássico ficou tenso no final, mas o Santos segurou o resultado e saiu da Vila com sua primeira vitória em clássicos no ano -perdera do Palmeiras.


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