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Santos quebra tabus do São Paulo e adentra G4
Time vence 1º clássico no ano e põe fim à invencibilidade do rival fora de casa
Santos 1
São Paulo 0
CAROLINA ARAÚJO
RICARDO VIEL
TONI ASSIS
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS
No batismo do técnico Vagner Mancini diante de sua torcida, o Santos derrotou o São
Paulo por 1 a 0 ontem e cumpriu o seu objetivo: entrar no
G4 e ganhar fôlego para o restante do Campeonato Paulista.
Mais: quebrou duas marcas
do adversário. O time do Morumbi ainda não havia perdido
fora de casa neste Paulista e seu
técnico, Muricy Ramalho, estava invicto em jogos na Vila Belmiro desde que assumiu a equipe tricolor, em 2006 -eram
duas vitórias e dois empates.
"Isso nos dá tranquilidade
para trabalhar. Mas não para
nos iludir. Temos um grande
grupo, mas muito trabalho pela
frente", falou Fábio Costa.
O São Paulo tenta agora superar o abatimento e focar a
Taça Libertadores. Na quinta-feira, o time do Morumbi enfrenta o América de Cali, na Colômbia. Pelo Paulista, no domingo, pega o Mogi Mirim.
"Não podemos baixar a cabeça. Estamos tristes porque não
ganhamos, mas temos uma
partida importante pela Libertadores. É outra decisão", afirmou o ala Jorge Wagner.
Ontem, diante de sua torcida,
o Santos iniciou a partida pressionando a saída de bola. Com
Roni mais adiantado e Madson
e Molina chegando de trás,
Mancini tentava tirar a sobra
na zaga do adversário.
Ao contrário do que fez contra o Corinthians, Muricy entrou em campo quase com todo
o time principal. A única surpresa foi Wagner Diniz na ala
direita, no lugar de Zé Luís.
Para fugir da pressão, a equipe da capital, que usou o 3-5-2,
recorreu à reposição de Rogério com os pés para minar a
pressão santista no início.
E foi o São Paulo que quase
abriu o placar. O atacante Washington cabeceou, mas Léo salvou em cima da linha.
Apesar de ter três zagueiros
fortes -Fabão, Domingos e Fabiano Eller-, o Santos tinha dificuldade para rifar os cruzamentos de Jorge Wagner.
Ao final do primeiro tempo, o
ritmo ficou mais cadenciado. E
coube a Molina mudar esse cenário. Roni deu uma puxeta para o meio da área, e o colombiano encheu o pé, rasteiro: 1 a 0.
No intervalo, Muricy demonstrava irritação. "É um jogo de pouca criatividade e muita marcação. Mas não gostei da
equipe", falou o treinador, que
voltou a campo com Zé Luís.
Os santistas quase ampliaram aos 13min da etapa final,
quando André Dias acertou a
própria trave ao tentar tirar um
cruzamento de Luizinho.
Depois, disposto a defender o
1 a 0, o Santos trabalhou mais
em seu campo e trancou o jogo.
Sem inspiração, o São Paulo
tentou igualar em uma falta da
entrada da área. Rogério, porém, mandou por cima do gol.
O clássico ficou tenso no final, mas o Santos segurou o resultado e saiu da Vila com sua
primeira vitória em clássicos
no ano -perdera do Palmeiras.
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