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Atacante do Chapecó fica três meses afastado após ter se ferido numa placa publicitária
Bozkinho volta para superar receio
da Reportagem Local
Dia 5 de novembro de 1996.
Tie-break da partida Ulbra-Diadora e Chapecó/São Caetano, em
Canoas (RS), ginásio do Ulbra.
O atacante Luciano Bozko, o
Bozkinho, 19, do Chapecó, vai ao
fundo da quadra para tentar salvar uma bola rebatida, mas escorrega e cai sobre uma das placas de publicidade.
O impacto com um suporte de
metal que sustenta a placa faz
com que o atacante rompa todos
os tendões da mão direita. O nervo e uma artéria são afetados.
Bozkinho precisou ser operado
para religar todos os pontos atingidos. Depois, foram quase três
meses de fisioterapia para recuperar os movimentos da mão.
Hoje, além das dores (que ele
diz serem leves), se ressente apenas de ainda não ter adquirido
total mobilidade nos dedos mindinho e anular.
Ele voltou aos treinos na última
sexta-feira e falou à Folha.
Folha - Como aconteceu sua
contusão?
Luciano Bozko - Foi muito rápido. Eu tentei pegar uma bola
que o Reinaldo (meio-de-rede)
tinha defendido.
Acho que a quadra estava um
pouco molhada com o suor, escorreguei e subi na placa.
Folha - Você teve alguma noção de que o problema fosse tão
sério?
Bozkinho - Na hora, não. O
corte não foi grande. Depois eu
não senti mais a mão. Foi quando o pessoal estava tentando estancar o sangue. Aí, me deu desespero.
Folha - Você foi operado. Temeu que não pudesse mais jogar?
Bozkinho - Até a cirurgia (19
de novembro) o médico foi superpositivo.
Eu tinha medo de não retomar
os movimentos. Mas minha recuperação foi muito rápida. Segundo o médico, em geral as pessoas demoram mais de um ano
para se recuperar.
Folha - E a recuperação?
Bozkinho - Dez dias depois da
cirurgia eu comecei a fazer fisioterapia. O primeiro mês foi o
mais difícil. Eu não tinha força
na mão. Fiz uma série de exercícios para readquiri-la e tentar fazer o movimento para trás com
ela, que eu não conseguia. A parte mais fácil de superar é agora,
que eu fui liberado para treinar.
O médico me garantiu que eu
não corro risco de romper de novo. Mas fica um pouco de receio.
Folha - O que você pensa do
acidente?
Bozkinho - É difícil falar, né?
Que foi uma fatalidade. Não sei,
podia ter sido evitado. Mas acho
que tive muito azar...
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