São Paulo, domingo, 2 de março de 1997.

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Atacante do Chapecó fica três meses afastado após ter se ferido numa placa publicitária
Bozkinho volta para superar receio

da Reportagem Local

Dia 5 de novembro de 1996. Tie-break da partida Ulbra-Diadora e Chapecó/São Caetano, em Canoas (RS), ginásio do Ulbra.
O atacante Luciano Bozko, o Bozkinho, 19, do Chapecó, vai ao fundo da quadra para tentar salvar uma bola rebatida, mas escorrega e cai sobre uma das placas de publicidade.
O impacto com um suporte de metal que sustenta a placa faz com que o atacante rompa todos os tendões da mão direita. O nervo e uma artéria são afetados.
Bozkinho precisou ser operado para religar todos os pontos atingidos. Depois, foram quase três meses de fisioterapia para recuperar os movimentos da mão.
Hoje, além das dores (que ele diz serem leves), se ressente apenas de ainda não ter adquirido total mobilidade nos dedos mindinho e anular.
Ele voltou aos treinos na última sexta-feira e falou à Folha.

Folha - Como aconteceu sua contusão?
Luciano Bozko -
Foi muito rápido. Eu tentei pegar uma bola que o Reinaldo (meio-de-rede) tinha defendido.
Acho que a quadra estava um pouco molhada com o suor, escorreguei e subi na placa.
Folha - Você teve alguma noção de que o problema fosse tão sério?
Bozkinho -
Na hora, não. O corte não foi grande. Depois eu não senti mais a mão. Foi quando o pessoal estava tentando estancar o sangue. Aí, me deu desespero.
Folha - Você foi operado. Temeu que não pudesse mais jogar?
Bozkinho -
Até a cirurgia (19 de novembro) o médico foi superpositivo.
Eu tinha medo de não retomar os movimentos. Mas minha recuperação foi muito rápida. Segundo o médico, em geral as pessoas demoram mais de um ano para se recuperar.
Folha - E a recuperação?
Bozkinho -
Dez dias depois da cirurgia eu comecei a fazer fisioterapia. O primeiro mês foi o mais difícil. Eu não tinha força na mão. Fiz uma série de exercícios para readquiri-la e tentar fazer o movimento para trás com ela, que eu não conseguia. A parte mais fácil de superar é agora, que eu fui liberado para treinar.
O médico me garantiu que eu não corro risco de romper de novo. Mas fica um pouco de receio.
Folha - O que você pensa do acidente?
Bozkinho -
É difícil falar, né? Que foi uma fatalidade. Não sei, podia ter sido evitado. Mas acho que tive muito azar...

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