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VÔLEI DE PRAIA
Duplas femininas adotam a cidade em busca de técnicos e travar conhecimentos com outras jogadoras
`Ratos de areia' atraem duplas para o Rio
da Reportagem Local
A migração para o Rio é um fenômeno institucionalizado no vôlei feminino de praia.
Jogadoras de outros Estados se
mudam para a cidade em busca
dos técnicos ``ratos de praia'', que
possam ensinar todos os artifícios
para sobressair no esporte.
Das 12 duplas que disputam o
Fanta Open, torneio amistoso que
marca a abertura da temporada
brasileira, 8 estão fixadas no Rio.
O Fanta Open está acontecendo
numa arena montada defronte ao
estádio do Pacaembu, zona central
de São Paulo.
Entre elas as primeiras colocadas
do ranking Adriana Behar e Shelda, além das olímpicas Mônica/Adriana e Jackie/Sandra.
``Não tem jeito, se você quiser
pegar as manhas (conhecimento de
pequenas técnicas) tem que ir morar lá. Os bons jogadores e os técnicos moram no Rio'', diz Ida,
ex-seleção brasileira, que trocou a
cidade de Santos, pela praia do Leme (zona sul carioca).
Desde a última temporada o contingente de cariocas foi acrescido
de mais três duplas (veja quadro
ao lado).
O grupo de migrantes reúne jogadoras de menor expressão como a mineira Rísia, que até 96
morava e treinava em Fortaleza.
``O Rio é mais perto de tudo. Os
grandes eventos acontecem lá. É
o lugar onde você pode aprender.
Se eu ficasse no Nordeste minha
carreira acabaria estagnando.''
A jogadora, que ainda não conta com patrocínio também tem
planos de contratar um ``rato de
praia'', quando possível.
Manter um técnico de bom nível, que acompanhe a dupla em
dois períodos de treinos, não sai
por menos de R$ 2.000,00.
Soma-se também os gastos com
viagens e estádia quando da disputa de torneios.
``O técnico tem que estar acompanhado. Não tem jeito. Ele precisa está comparando o teu nível
com o das outras'', diz Ida.
O grupo das ``resistentes'' é
formado por duas duplas paulistas, Lu/Kika e Flávia/Luciana e
duas duplas do Nordeste, Ivanise/Albetiza e Magda/Rejane.
Nesse caso, a transferência não
acontece por razões diversas.
Trocar de casa e falta de dinheiro
são algumas. ``Mudar não é simples. Tem uma série de coisas que
devem ser levadas em conta'', diz
Kika.
(JOSÉ ALAN DIAS)
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