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São Paulo supera Palmeiras e leva vaga
Rogério volta a marcar, e time de Muricy estraga festa de título mundial do adversário ao tirá-lo da zona de classificação
São Paulo 3
Palmeiras 1
DA REPORTAGEM LOCAL
A escalação denunciava a importância que cada time dava
para o resultado do clássico.
O Palmeiras, embalado pelo
sonho de, em campo, voltar a
ganhar um título para animar
ainda mais a auto-estima clube,
inflada pelo reconhecimento
da Copa Rio de 1951 como
Mundial. O São Paulo, com oito
reservas, respirava a Libertadores da América muito antes e
logo depois do confronto.
Mas não bastou os palmeirenses terem mais vontade. O
resultado, no fim, ficou a favor
de quem mais desdenhara do
duelo. Os são-paulinos saíram
de campo com os pés garantidos na fase semifinal e ainda
empurraram os arqui-rivais para fora da zona de classificação
ao mata-mata estadual.
Foi assim que o time do Morumbi deu as boas-vindas ao
Palmeiras no clube dos campeões mundiais. Com um 3 a 1
que deixou a equipe do Parque
Antarctica alijada de depender
só de seus resultados nas últimas duas rodadas do Paulista
para seguir na luta pelo título. A
derrota derrubou os palmeirenses da terceira para a quinta
posição na tabela.
Desta vez não bastou a presença em campo de Valdivia e
Edmundo. O rendimento da
dupla ontem ficou aquém do
que vinha mostrando.
O chileno parou no cansaço,
talvez causado pela viagem de
volta ao Brasil, depois de duas
partidas com sua seleção.
Já o veterano acabou por
provar que, de fato como prega
Caio Júnior, não é capaz de ser
exigido em várias partidas consecutivas e ainda manter o nível das últimas atuações.
"A diferença foi física. Não
temos um elenco igual ao do
São Paulo. Não dispomos de
grandes jogadores no banco.
Somos seres humanos. E ser
humano não é máquina. Cansa", disse o atacante, que pelo
menos deixou sua marca, de
pênalti, o empate após o São
paulo ter aberto o placar aos
5min de jogo, com Borges.
Mas, como Edmundo, Rogério também pôs a bola na rede
em cobrança de pênalti, após
desperdiçar as últimas duas
que tivera chance de bater.
As duas penalidades, além de
terem sido batidas pelos dois
principais ídolos em campo, tiveram outra semelhança: ambas foram polêmicas.
A favorável ao Palmeiras
aconteceu depois de um carrinho do zagueiro Breno para
travar uma bola nos pés de Osmar. A que deu ao São Paulo o
direito de fazer seu segundo gol
nasceu de um empurra-empurra entre Dininho e Alex Silva. O
árbitro Wilson Luis Seneme
entendeu que só o zagueiro palmeirense cometera infração.
No segundo tempo, ciente de
que uma derrota tiraria de suas
mãos, o Palmeiras se atirou ao
ataque. E deu o contragolpe para os são-paulinos.
Richarlyson, atuando como
volante, era quem puxava o time do Morumbi para a frente.
E coube a ele dar fim às pretensões palmeirenses no clássico.
Com um belo chute no ângulo
de Diego Cavalieri, de fora da
área, ele definiu o 3 a 1.
Os são-paulinos deixaram o
gramado festejando a classificação e a possibilidade de se
concentrar na Libertadores.
Para o Palmeiras, restou a esperança, traduzida nas palavras
do técnico Caio Júnior. "Temos
chances e vamos classificar. É
assim que vejo futebol."
(PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)
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