São Paulo, segunda-feira, 02 de abril de 2007

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São Paulo supera Palmeiras e leva vaga

Rogério volta a marcar, e time de Muricy estraga festa de título mundial do adversário ao tirá-lo da zona de classificação

São Paulo 3
Palmeiras 1

DA REPORTAGEM LOCAL

A escalação denunciava a importância que cada time dava para o resultado do clássico.
O Palmeiras, embalado pelo sonho de, em campo, voltar a ganhar um título para animar ainda mais a auto-estima clube, inflada pelo reconhecimento da Copa Rio de 1951 como Mundial. O São Paulo, com oito reservas, respirava a Libertadores da América muito antes e logo depois do confronto.
Mas não bastou os palmeirenses terem mais vontade. O resultado, no fim, ficou a favor de quem mais desdenhara do duelo. Os são-paulinos saíram de campo com os pés garantidos na fase semifinal e ainda empurraram os arqui-rivais para fora da zona de classificação ao mata-mata estadual.
Foi assim que o time do Morumbi deu as boas-vindas ao Palmeiras no clube dos campeões mundiais. Com um 3 a 1 que deixou a equipe do Parque Antarctica alijada de depender só de seus resultados nas últimas duas rodadas do Paulista para seguir na luta pelo título. A derrota derrubou os palmeirenses da terceira para a quinta posição na tabela.
Desta vez não bastou a presença em campo de Valdivia e Edmundo. O rendimento da dupla ontem ficou aquém do que vinha mostrando.
O chileno parou no cansaço, talvez causado pela viagem de volta ao Brasil, depois de duas partidas com sua seleção.
Já o veterano acabou por provar que, de fato como prega Caio Júnior, não é capaz de ser exigido em várias partidas consecutivas e ainda manter o nível das últimas atuações.
"A diferença foi física. Não temos um elenco igual ao do São Paulo. Não dispomos de grandes jogadores no banco. Somos seres humanos. E ser humano não é máquina. Cansa", disse o atacante, que pelo menos deixou sua marca, de pênalti, o empate após o São paulo ter aberto o placar aos 5min de jogo, com Borges.
Mas, como Edmundo, Rogério também pôs a bola na rede em cobrança de pênalti, após desperdiçar as últimas duas que tivera chance de bater.
As duas penalidades, além de terem sido batidas pelos dois principais ídolos em campo, tiveram outra semelhança: ambas foram polêmicas.
A favorável ao Palmeiras aconteceu depois de um carrinho do zagueiro Breno para travar uma bola nos pés de Osmar. A que deu ao São Paulo o direito de fazer seu segundo gol nasceu de um empurra-empurra entre Dininho e Alex Silva. O árbitro Wilson Luis Seneme entendeu que só o zagueiro palmeirense cometera infração.
No segundo tempo, ciente de que uma derrota tiraria de suas mãos, o Palmeiras se atirou ao ataque. E deu o contragolpe para os são-paulinos.
Richarlyson, atuando como volante, era quem puxava o time do Morumbi para a frente. E coube a ele dar fim às pretensões palmeirenses no clássico. Com um belo chute no ângulo de Diego Cavalieri, de fora da área, ele definiu o 3 a 1.
Os são-paulinos deixaram o gramado festejando a classificação e a possibilidade de se concentrar na Libertadores.
Para o Palmeiras, restou a esperança, traduzida nas palavras do técnico Caio Júnior. "Temos chances e vamos classificar. É assim que vejo futebol." (PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)


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