São Paulo, segunda-feira, 02 de abril de 2007

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Brasil segue em jejum de medalhas

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais uma vez o Brasil terminou o Mundial sem medalhas. O jejum já dura 13 anos. O desempenho dos brasileiros, entretanto, foi superior ao dos dois últimos torneios.
Foram quatro finais, duas semifinais, oito recordes sul-americanos, três revezamentos classificados para o Pequim-08 e três nadadores com índice A para os Jogos.
Os destaques foram Thiago Pereira e Cesar Cielo, quarto colocados nos 200 m medley e nos 100 m livre, respectivamente. Eram os únicos, de fato, com chance de deixar a piscina laureados.
Poliana Okimoto, duas vezes vice-campeã mundial da maratona aquática, obteve o sexto e o oitavo lugares nos 5 km e nos 10 km, nessa ordem.
Para muitos nadadores, o Mundial foi usado como treino de luxo para o Pan do Rio. A delegação brasileira foi a Melbourne com 50 atletas, número bem inferior aos 84 de Barcelona-03, às vésperas dos Jogos de Santo Domingo.
"Outro desse no Brasil só na próxima encarnação. O Mundial tem a cada dois anos. Fomos ganhar experiência e ver quem pode buscar medalha no Pan", afirmou Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
No Mundial, dos rivais do Pan, além de Canadá e EUA, a Venezuela superou o Brasil -um bronze.
O país tem a sina de não realizar boas participações em anos em que Mundial e Pan coincidem. Em Cali-75 e Perth-91, não chegou sequer a uma final.
A preferência dada ao Pan é tanta que Kaio Márcio, único recordista mundial do país hoje, nem foi à Austrália. Preferiu tratar lesão no ombro e focar os treinos no Rio.
Coaracy lamenta o fiasco, mas crê que a responsabilidade dos nadadores é outra. "Lógico que sempre fica a frustração de não subir ao pódio. Mas, no Rio, temos a grande responsabilidade de ser o esporte que mais trouxe medalhas ao Brasil nos últimos Pans", afirmou ele.


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