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Muricy admite problema em defesa e meio-campo
Desempenho do São Paulo é inferior ao de 2007 no mesmo número de partidas
Treinador são-paulino diz que os dois setores não conseguiram se acertar por falta de entrosamento, mas ataque se repete e vai bem
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram 20 escalações em 21
jogos. Esse dado, segundo o técnico Muricy Ramalho, explica
os outros números são-paulinos em 2008, bem inferiores
aos do ano passado no mesmo
estágio da temporada. A exceção é a dupla Borges e Adriano.
Que mais uma vez estará à
frente do time contra o Sportivo Luqueño. Mas deve ter a
companhia de Éder Luís, que
não jogou a última partida por
não estar inscrito no Paulista.
Se não usá-lo, Muricy tem a
chance de repetir pela terceira
vez um time na temporada.
Em caso contrário, segue a
ciranda que leva o time ao mau
desempenho. Por exemplo: o
São Paulo marcou uma média
de 1,52 gol por partida, contra
2,09 em 2007 também em 21
jogos. Ou seja, houve uma queda de rendimento de 27% na
produção ofensiva.
O desempenho da defesa teve uma decadência ainda mais
significativa. Sofreu uma média
de 0,66 gol na última temporada até os 21 jogos. É quase metade da média de 1,14 gol tomado neste ano.
Assim, o time só obteve
63,5% dos pontos disputados,
somados Libertadores e Paulista. Eram 74,6% de aproveitamento no ano passado. Tanto
que o clube ainda não garantiu
a classificação no Paulista.
"O grande problema da defesa é que não se acertou porque
não joga junto. O líbero que a
gente trouxe [Juninho] se machucou no início. Como não teve a facilidade de jogar junto,
não se acertou", explicou o técnico, que já escalou a defesa
com dois ou três zagueiros.
O treinador também admite
um desarranjo no meio-campo:
não achou a formação ideal.
Tanto que, contra o Luqueño,
pode repetir a escalação de
Hernanes mais à frente.
"Lá na frente, nosso time só
tem sido correria, sem armação. Com o Hernanes, o time fica mais compacto", contou.
Outra opção, mais provável, é
a entrada de Éder Luis, próximo aos dois atacante titulares.
"É bom jogar atrás do Borges
e do Adriano, pois sobra mais
espaço para jogar. Os zagueiros
só ficam de olho neles", afirmou Éder Luís.
Ao colocar um auxiliar ofensivo para a dupla Borges e
Adriano, às vezes Dagoberto é
usado, o objetivo do treinador
costuma ser pressionar mais
um adversário retrancado, que
é o que espera do Luqueño.
"Eles já jogaram assim até no
campo deles", disse.
A dupla de ataque responsável por dois terços dos gols do
time, Borges e Adriano, está
dando certo, segundo o treinador, porque tem jogado junta.
Apesar do cenário pior do
que em 2007, na Libertadores,
o São Paulo está mais confortável do que na última temporada. Tem cinco pontos em três
jogos, contra quatro no ano
passado. E tem boas chances de
acabar em primeiro no grupo
-ficou em segundo em 2007.
(RICARDO VIEL E RODRIGO MATTOS)
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