São Paulo, quarta-feira, 02 de abril de 2008

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Muricy admite problema em defesa e meio-campo

Desempenho do São Paulo é inferior ao de 2007 no mesmo número de partidas

Treinador são-paulino diz que os dois setores não conseguiram se acertar por falta de entrosamento, mas ataque se repete e vai bem

DA REPORTAGEM LOCAL

Foram 20 escalações em 21 jogos. Esse dado, segundo o técnico Muricy Ramalho, explica os outros números são-paulinos em 2008, bem inferiores aos do ano passado no mesmo estágio da temporada. A exceção é a dupla Borges e Adriano.
Que mais uma vez estará à frente do time contra o Sportivo Luqueño. Mas deve ter a companhia de Éder Luís, que não jogou a última partida por não estar inscrito no Paulista. Se não usá-lo, Muricy tem a chance de repetir pela terceira vez um time na temporada.
Em caso contrário, segue a ciranda que leva o time ao mau desempenho. Por exemplo: o São Paulo marcou uma média de 1,52 gol por partida, contra 2,09 em 2007 também em 21 jogos. Ou seja, houve uma queda de rendimento de 27% na produção ofensiva.
O desempenho da defesa teve uma decadência ainda mais significativa. Sofreu uma média de 0,66 gol na última temporada até os 21 jogos. É quase metade da média de 1,14 gol tomado neste ano.
Assim, o time só obteve 63,5% dos pontos disputados, somados Libertadores e Paulista. Eram 74,6% de aproveitamento no ano passado. Tanto que o clube ainda não garantiu a classificação no Paulista.
"O grande problema da defesa é que não se acertou porque não joga junto. O líbero que a gente trouxe [Juninho] se machucou no início. Como não teve a facilidade de jogar junto, não se acertou", explicou o técnico, que já escalou a defesa com dois ou três zagueiros.
O treinador também admite um desarranjo no meio-campo: não achou a formação ideal. Tanto que, contra o Luqueño, pode repetir a escalação de Hernanes mais à frente.
"Lá na frente, nosso time só tem sido correria, sem armação. Com o Hernanes, o time fica mais compacto", contou.
Outra opção, mais provável, é a entrada de Éder Luis, próximo aos dois atacante titulares.
"É bom jogar atrás do Borges e do Adriano, pois sobra mais espaço para jogar. Os zagueiros só ficam de olho neles", afirmou Éder Luís.
Ao colocar um auxiliar ofensivo para a dupla Borges e Adriano, às vezes Dagoberto é usado, o objetivo do treinador costuma ser pressionar mais um adversário retrancado, que é o que espera do Luqueño. "Eles já jogaram assim até no campo deles", disse.
A dupla de ataque responsável por dois terços dos gols do time, Borges e Adriano, está dando certo, segundo o treinador, porque tem jogado junta.
Apesar do cenário pior do que em 2007, na Libertadores, o São Paulo está mais confortável do que na última temporada. Tem cinco pontos em três jogos, contra quatro no ano passado. E tem boas chances de acabar em primeiro no grupo -ficou em segundo em 2007. (RICARDO VIEL E RODRIGO MATTOS)


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