São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2010

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Corinthians sela paz com torcida

Com gols de Ronaldo e Chicão, time bate lanterna e pode ser o melhor da 1ª fase da Libertadores

Caio Guatelli/Folha Imagem
O zagueiro Chicão é festejado por companheiros após marcar o segundo gol da vitória corintiana sobre o Cerro Porteño, ontem, no Pacaembu, pela Libertadores

Corinthians 2
Cerro Porteño 1


PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a Libertadores tem sido o porto seguro do Corinthians para um início de temporada em ritmo mais lento do que o desejado pela torcida, ontem ela se tornou o caminho definitivo para o paraíso.
O clube está a um passo da segunda fase da competição internacional. A vitória de ontem sobre o Cerro Porteño eliminou o time paraguaio e deixou a equipe brasileira a uma vitória, no próximo jogo, diante do Racing do Uruguai, de avançar para os mata-matas com uma rodada de antecipação.
Os 2 a 1 no Pacaembu consolidaram a equipe do Corinthians na liderança do Grupo 1.
A situação, em termos de classificação, é tão confortável que o time pode se dar ao luxo até de mirar agora uma posição na ponta da colocação geral da primeira fase de grupos da Libertadores, o que pode lhe render vantagem de decidir em casa os duelos no mata-mata.
Mas até chegar ao resultado, o time passou certo sufoco. Porém, mais por conta de um excesso de nervosismo do que propriamente pela qualidade técnica do rival paraguaio.
"Lógico que poderíamos ter controlado melhor o jogo, mas foi dessa maneira e o importante foi o resultado", opinou o atacante Ronaldo.
O Corinthians começou a partida com a mesma formação que enfrentou o Cerro, no Paraguai, e o São Paulo, no clássico pelo Paulista. Mas, diferentemente desses dois jogos, o time teve muita dificuldade para controlar o adversário e atacar mais do que ser atacado.
A defesa dava muito espaço para os contragolpes paraguaios. Só a falta de pontaria dos atacantes do Cerro impediu que o time visitante saísse na frente no placar.
À medida que os erros corintianos se acumulavam -e consequentemente o número de chances de sofrer gol- a torcida começava a cobrar o time, que reagia com mais erros.
O ciclo vicioso que já se tornava de alto risco foi quebrado quase no fim do primeiro tempo. Moacir cruzou a bola com força, o goleiro Barreto só fez a defesa parcial e a bola sobrou para Ronaldo, de bico de chuteira, fazer 1 a 0, aos 36min.
Na comemoração, o atacante quase se contundiu. Dentinho explica: "Pulei para comemorar, quando fui voltar [para o chão], pisei no pé dele. O importante é que ele está bem".
No segundo tempo, o Corinthians controlava bem a partida e já não sofria mais com as investidas do Cerro. E Chicão tratou de ampliar o placar aos 18min, cobrando com precisão uma falta próxima à área.
Entretanto, assim como já ocorrera no clássico contra o São Paulo, o Corinthians praticamente matou o jogo e recuou para administrar o resultado. Esse movimento quase custou a vitória tida como certa em casa contra o pior time de seu grupo na Libertadores.
Júlio dos Santos, aos 35min, aproveitou a única chance que o Cerro tivera até então na etapa final e diminuiu a vantagem. O 2 a 1 animou os paraguaios, que se lançaram a uma pressão no final, abafada pelo goleiro Rafael, o mesmo que foi criticado pelas falhas no jogo anterior, com uma bela defesa.
"A maturidade do time tem me deixado satisfeito. Essa é a formação ideal, mas com a evolução física de alguns", disse o técnico Mano Menezes.


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