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Time ganha clássico após 1 ano, mas Corinthians decide a Copa do Brasil
São Paulo põe fim a tabu, mas é eliminado
Jorge Araújo/Folha Imagem
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Dida celebra com Fábio Luciano a passagem do Corinthians à final da Copa do Brasil, que veio mesmo com derrota para o São Paulo |
EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
A dramaticidade de uma final
marcou o primeiro confronto da
maratona de três jogos que corintianos e são-paulinos enfrentarão
em 15 dias. O São Paulo quebrou o
seu jejum de um ano sem ganhar
clássicos com uma vitória por 2 a
1, ontem, no Morumbi, que acabou colocando o Corinthians na
final da Copa do Brasil.
A decisão será contra o Brasiliense, que eliminou o Atlético-MG. É a terceira vez que o time
paulista vai decidir o título. Foi
campeão em 1995, em cima do
Grêmio, e vice em 2001 também
contra o clube gaúcho.
O campeão da Copa do Brasil
obtém uma vaga na Libertadores
da América do ano que vem.
Os corintianos, que não tinham
sido derrotados na capital neste
ano, ficaram com a vaga pois venceram a partida anterior por 2 a 0.
A eliminação volta a frustrar os
são-paulinos, que não disputam
uma Libertadores desde 1994.
O nervosismo gerado pelo jogo
explodiu ao final da partida. Os
jogadores do time de Nelsinho
Baptista tentaram agredir o árbitro Wilson de Souza Mendonça,
alegando que não houve a falta
que originou o gol do adversário e
que ele não teria dado o tempo
correto de acréscimo.
Apesar da reclamação, o juiz
deixou de dar um gol legítimo do
corintiano Leandro na fase final.
Os dois times voltam a se enfrentar domingo, na primeira
partida das finais do Rio-SP.
O primeiro confronto da decisão do Corinthians contra o Brasiliense deve ser na próxima quarta. O local será definido pela CBF
por meio de um sorteio.
A eliminação são-paulina volta
a piorar a situação do técnico do
clube, Nelsinho Baptista, que havia aliviado o seu atrito com a diretoria ao classificar o time para a
final do torneio regional.
Na semana passada, ele se antecipou aos dirigentes, que pretendiam anunciar a sua saída após a
participação nos dois torneios, e
afirmou que quer deixar o clube.
Após o empate com o Palmeiras,
chegou a admitir rever a decisão.
Com a vantagem de se classificar até com uma derrota por um
gol de diferença, o Corinthians
começou o jogo apostando na estratégia de atacar para evitar a
pressão do rival. Nos momentos
em que tinha dificuldade para finalizar, o time de Parreira trocava
passes para prender a bola no
campo de defesa do adversário.
Mas os erros nos passes proporcionaram vários contra-ataques
são-paulinos, na maioria das vezes com perigo para Dida.
O time de Parreira teve mais dificuldade nos passes que o rival,
que acertou 90,1% na etapa inicial, segundo o Datafolha. No
mesmo período, os corintianos
acertaram 85,8% dos passes.
Dessa forma, os dois times criaram juntos 13 chances de gol e estiveram perto de marcar no primeiro tempo do clássico.
Nos 45 minutos iniciais, foram
oito finalizações do São Paulo
contra cinco do Corinthians.
As principais jogadas são-paulinas passaram pelos pés de Kaká,
que apesar de ser o substituto do
atacante França, machucado, ajudou Adriano na armação, se movimentou pelas laterais e foi até o
meio-campo buscar a bola.
O São Paulo voltou para o segundo tempo pressionando o rival e chegou ao gol logo aos 3min,
com Reinaldo, após cobrança de
escanteio feita por Adriano.
Nos primeiros 15 minutos da
etapa final, os são-paulinos fizeram quatro faltas para interromper os ataques do adversário, que
no mesmo período do jogo não
cometeu infrações.
Após a cobrança de uma dessas
faltas, Deivid empatou o jogo, aos
16min. Ele é o artilheiro da Copa
do Brasil, com dez gols.
Os são-paulinos não desanimaram e marcaram o segundo três
minutos depois, com Kaká.
A partida ficou ainda mais dramática, especialmente nos instantes finais, quando o goleiro Rogério lançou-se ao ataque e quase
sofreu o segundo gol do rival. "Eu
acho que perdemos a classificação
no primeiro jogo", disse o goleiro
são-paulino ao final do clássico.
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