São Paulo, quinta-feira, 02 de maio de 2002

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VÔLEI

Melhor levantador do país recebe um ponto, valor mínimo no ranking da CBV para 2002/2003, por causa da idade

Maurício ganha prêmio por chegar aos 34

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 27 de janeiro deste ano, o levantador Maurício completou 34 anos e entrou em uma situação privilegiada no ranking da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). O melhor jogador do país em sua posição passou a ter a pontuação mínima estabelecida pela entidade -vale apenas um ponto para qualquer equipe, que pode somar, no máximo, 32 pontos.
Além dele, apenas outros dois jogadores desfrutarão do benefício na temporada 2002/2003: Gílson, que estava no Japão e defendeu a Ulbra na fase final da Superliga, e Bráulio, do Bento Gonçalves. Ambos nasceram em 68.
A CBV justifica a bonificação como "reconhecimento expresso à dedicação e ao espírito de luta dos atletas que contribuíram durante vários anos para o desenvolvimento do vôlei nacional e continuam servindo de exemplo (...)".
"Mais legal seria não ter logo nenhum ponto", brincou Maurício, que até dois anos atrás "valia" sete pontos. "Na verdade, vejo isso como um cumprimento de regras. Mas acho importante para motivar os atletas a continuarem jogando", completou o levantador.
No próximo ano, quando estiver com 35 anos, Maurício não terá nenhum ponto no ranking.
Se para o jogador o ranqueamento não tem peso tão importante, para o Telemig-Minas, time que ele defende há três temporadas, poder contar com o melhor levantador do país por apenas um ponto é um prêmio.
"O mais importante é ter o Maurício motivado, com prazer em estar jogando como ele está agora. E tê-lo atuando assim e valendo apenas um ponto é melhor ainda", disse o técnico Carlos Alberto Castanheira, o Cebola.
Neste sábado, Maurício inicia, contra o Banespa, a disputa de sua terceira final seguida da Superliga com o time mineiro -foi campeão em 1999/2000 e 2000/2001.
Também titular da seleção, o levantador afirmou que não pretende deixar o Minas. Só pode mudar de idéia se receber propostas de clubes do exterior.
"Já me acostumei com a cidade, com o time, não tenho vontade de sair. Se receber uma proposta para jogar fora do país, vou pensar bem", afirmou o levantador.
O Minas está em posição privilegiada no ranqueamento da CBV. O time tem três atletas com pontuação máxima (valem sete pontos) -Henrique Randow, André Nascimento e Dante- , mas poderá continuar com eles se quiser, apesar de a regra estabelecer um limite de dois por time.
Como o meio Henrique foi formado nas categorias de base do clube, não vale pontos para o Minas. Já o ponta André, que estava no time em 2001, mantém sua pontuação do ano anterior (4).
"É um incentivo para os clubes formadores, que investem nas categorias de base e não se preocupam apenas em formar super elencos", afirmou Cebola.
Também têm sete pontos no ranqueamento da CBV Tande (sem clube), Kid (Unisul), Giovane (Banespa), Marcelo Elgarten (Ulbra) e Ricardinho (Suzano).
Os outros jogadores recebem de um -pontuação mínima- a seis pontos e podem ser contratados livremente pelos clubes.
Há restrição, no entanto, para os levantadores. Os cinco considerados os melhores do país -Maurício (Minas), Ricardinho (Suzano), Leandro (Banespa), Marcelo Elgarten (Ulbra) e Talmo (Palmeiras/Guarulhos)- não podem atuar na mesma equipe.



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