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VÔLEI
Melhor levantador do país recebe um ponto, valor mínimo no ranking da CBV para 2002/2003, por causa da idade
Maurício ganha prêmio por chegar aos 34
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 27 de janeiro deste ano, o levantador Maurício completou 34
anos e entrou em uma situação
privilegiada no ranking da CBV
(Confederação Brasileira de Vôlei). O melhor jogador do país em
sua posição passou a ter a pontuação mínima estabelecida pela entidade -vale apenas um ponto
para qualquer equipe, que pode
somar, no máximo, 32 pontos.
Além dele, apenas outros dois
jogadores desfrutarão do benefício na temporada 2002/2003: Gílson, que estava no Japão e defendeu a Ulbra na fase final da Superliga, e Bráulio, do Bento Gonçalves. Ambos nasceram em 68.
A CBV justifica a bonificação
como "reconhecimento expresso
à dedicação e ao espírito de luta
dos atletas que contribuíram durante vários anos para o desenvolvimento do vôlei nacional e continuam servindo de exemplo (...)".
"Mais legal seria não ter logo nenhum ponto", brincou Maurício,
que até dois anos atrás "valia" sete
pontos. "Na verdade, vejo isso como um cumprimento de regras.
Mas acho importante para motivar os atletas a continuarem jogando", completou o levantador.
No próximo ano, quando estiver com 35 anos, Maurício não terá nenhum ponto no ranking.
Se para o jogador o ranqueamento não tem peso tão importante, para o Telemig-Minas, time
que ele defende há três temporadas, poder contar com o melhor
levantador do país por apenas um
ponto é um prêmio.
"O mais importante é ter o
Maurício motivado, com prazer
em estar jogando como ele está
agora. E tê-lo atuando assim e valendo apenas um ponto é melhor
ainda", disse o técnico Carlos Alberto Castanheira, o Cebola.
Neste sábado, Maurício inicia,
contra o Banespa, a disputa de sua
terceira final seguida da Superliga
com o time mineiro -foi campeão em 1999/2000 e 2000/2001.
Também titular da seleção, o levantador afirmou que não pretende deixar o Minas. Só pode
mudar de idéia se receber propostas de clubes do exterior.
"Já me acostumei com a cidade,
com o time, não tenho vontade de
sair. Se receber uma proposta para jogar fora do país, vou pensar
bem", afirmou o levantador.
O Minas está em posição privilegiada no ranqueamento da
CBV. O time tem três atletas com
pontuação máxima (valem sete
pontos) -Henrique Randow,
André Nascimento e Dante- ,
mas poderá continuar com eles se
quiser, apesar de a regra estabelecer um limite de dois por time.
Como o meio Henrique foi formado nas categorias de base do
clube, não vale pontos para o Minas. Já o ponta André, que estava
no time em 2001, mantém sua
pontuação do ano anterior (4).
"É um incentivo para os clubes
formadores, que investem nas categorias de base e não se preocupam apenas em formar super
elencos", afirmou Cebola.
Também têm sete pontos no
ranqueamento da CBV Tande
(sem clube), Kid (Unisul), Giovane (Banespa), Marcelo Elgarten
(Ulbra) e Ricardinho (Suzano).
Os outros jogadores recebem de
um -pontuação mínima- a
seis pontos e podem ser contratados livremente pelos clubes.
Há restrição, no entanto, para
os levantadores. Os cinco considerados os melhores do país
-Maurício (Minas), Ricardinho
(Suzano), Leandro (Banespa),
Marcelo Elgarten (Ulbra) e Talmo
(Palmeiras/Guarulhos)- não
podem atuar na mesma equipe.
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