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Florianópolis vence e exalta conjunto
Equipe supera Montes Claros no Ibirapuera e se iguala ao Minas com quatro títulos na Superliga, recorde do torneio
Bem marcado por bloqueio, Lorena, destaque da equipe mineira, tem uma atuação discreta e diz que não é todo dia que acerta "6 ou 7 aces"
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A força do conjunto e a vibração da torcida se sobrepuseram
ao brilho único do principal jogador da Superliga.
Na final, o Florianópolis conseguiu conter o ímpeto ofensivo de Fabrício Dias, o Lorena,
maior pontuador do torneio, e
venceu o Montes Claros por 3 a
0 (25/22, 25/20 e 31/29), ontem no ginásio do Ibirapuera.
Com isso, o time catarinense
acumulou seu quarto título na
competição e tornou-se o
maior vencedor da Superliga
masculina, ao lado do Minas.
"Trabalhamos para buscar o
equilíbrio sempre. Nosso time
não é refém de um fundamento
nem de um jogador", disse o
técnico do Florianópolis, Marcos Pacheco, após a conquista.
Segundo o treinador, parte
do equilíbrio do time se deveu à
sensibilidade do levantador
Bruno, que alternava as jogadas
de acordo com o momento de
cada atacante de seu time.
Bruno, aliás, levou o prêmio
de melhor jogador da final. Ele
fugiu do protagonismo e dividiu as honras da medalha de
ouro com os colegas de equipe.
"O Bob não começou bem
porque eu forcei muito o jogo
nele. Depois, ele cresceu. O bloqueio foi incrível. O Thiago foi
impecável no ataque e o Renato
teve um grande volume de jogo", disse o levantador, que
também atua na seleção.
Seu talento começou a fazer a
diferença logo no primeiro set.
Com Bob em um mau momento, a solução encontrada por
Bruno foi concentrar as bolas
no meio e, principalmente, na
ponta, em Thiago Alves.
Já Lorena, grande destaque
do Montes Claros no campeonato, teve uma atuação inconsistente. Bem marcado, ora
acertava os ataques e vibrava,
ora parava no bloqueio rival.
Com o placar equilibrado, o
primeiro set só começou a se
delinear a favor do Florianópolis no final, e o time venceu.
Lorena voltou desconcentrado para o segundo set. Diante
de seus erros de ataque, a torcida do Florianópolis pressionava: "Uh, cadê? O Lorena sumiu". A pressão surtiu efeito
até mesmo no saque de Lorena,
atleta mais eficiente no fundamento nesta Superliga. Após
seus erros no serviço, a torcida
gritava: "O Lorena é nosso".
Ele negou que tenha sido afetado pela torcida. "Não senti
pressão, mas tive que forçar o
saque. Não vai ser todo dia que
vou fazer seis, sete aces", disse.
O Florianópolis aproveitou a
irregularidade do astro do time
rival para se manter à frente e
liquidar o set em 25 a 20.
O terceiro set foi mais equilibrado, mas Lorena ainda deixava a desejar. Com dois pontos
de bloqueio seguidos, o Florianópolis decretou o fim da parcial em 31 a 29 e, em consequência, o fim do campeonato.
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