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Nervos
Desconfiança sobre arbitragem , discussão entre técnicos e expulsões impõem clima tenso na partida que classificou o Corinthians à final do Paulista
LEONARDO LOURENÇO
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO
Palmeirenses e corintianos diziam que o clássico seria resolvido em um detalhe.
Mas o que definiu a classificação do Corinthians para a
final do Campeonato Paulista, após empate no tempo
normal e decisão por pênaltis, foi o duelo de nervos.
Nesse embate, o Corinthians levou vantagem, e enfrentará o Santos na final.
O primeiro Palmeiras x Corinthians decisivo desta década foi um dos mais polêmicos e emocionantes da história. Começou com desconfiança na arbitragem de Paulo César de Oliveira, cujo sorteio foi colocado em xeque.
E terminou com Luiz Felipe Scolari disparando contra
tudo e contra todos.
"A arbitragem foi premeditada. A credibilidade do Estadual foi riscada", decretou
Scolari, expulso de campo
por discutir com o ex-amigo
Tite, minutos após o palmeirense Danilo levar o cartão
vermelho, aos 23min de jogo.
Ao contrário dos corintianos, o Palmeiras foi a campo
pilhado, mesmo em um cenário favorável: o Pacaembu
era quase todo verde. Aos
3min, Kleber levou amarelo.
A torcida entrou na onda:
a cada palmeirense que caía,
novos protestos.
A confusão que mudou os
rumos de um jogo em que o
Palmeiras era melhor começou com a expulsão de Danilo, por carrinho em Liedson,
que provocou a ira dos jogadores. Kleber quase foi expulso. Scolari o acalmou e
depois bateu boca com Tite.
"Você fala demais, você fala demais", gritava Tite ao colega, que respondia com gestos. Scolari foi expulso e demorou bastante para sair.
Valdivia também entrou
na polêmica, à sua maneira:
aplicou o comentado "chute
no vácuo". Por ironia, no lance ele sentiu uma lesão muscular e foi substituído na metade do primeiro tempo.
Os corintianos mantinham
a calma. No intervalo, falaram sobre o jogo. Os palmeirenses, por sua vez, dispararam contra a arbitragem. "É
ridícula", acusou Kleber.
"Eles criaram isso, criticando o juiz. Estão colhendo
o que plantaram", retrucou o
corintiano Júlio César.
Mais tranquilo na etapa final, o Palmeiras marcou com
Thiago Heleno, de cabeça.
Parecia o anúncio de uma
classificação épica.
Mas o Corinthians empatou, num escanteio. O Palmeiras, mesmo com um atleta a menos, era mais perigoso. A decisão estava fadada
ao sofrimento dos pênaltis.
Todos cobraram com perfeição, até que João Vitor parou nas mãos do goleiro Júlio
César, para a festa dos pouco
mais de 2.000 corintianos
que estavam no Pacaembu.
Palmeiras 1 (5)
Thiago Heleno, aos 8min do 2º tempo
Corinthians 1 (6)
Willian, aos 19min do 2º tempo
PALMEIRAS
Deola; Cicinho (João Vítor), Danilo,
Thiago Heleno e Rivaldo; Márcio Araújo,
Marcos Assunção, Tinga (Patrik) e Valdivia (Leandro Amaro); Luan e Kleber
T.: Luiz Felipe Scolari
CORINTHIANS
Júlio César; Alessandro (Ramírez), Chicão, L. Castán e Fábio Santos; Ralf,
Paulinho e Bruno César (Morais); Jorge
Henrique, Dentinho (William) e Liedson
T.: Tite
Estádio: Pacaembu / Árbitro: Paulo
César de Oliveira / Renda: R$ 949.238 /
Público: 33.861 pagantes
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