DO ENVIADO A MÔNACO

O fim da invencibilidade do F2003-GA tirou a Ferrari do pedestal. Ontem, no encerramento de um final de semana complicado, a escuderia reconheceu que vai precisar trabalhar muito para conseguir algo nesta temporada.
Após vencer duas corridas seguidas com o novo modelo ferrarista, Michael Schumacher foi só o terceiro ontem, sem ameaçar os líderes em nenhum momento.
Rubens Barrichello fez uma prova medíocre. Largou em sétimo e terminou em oitavo.
"O resultado aqui prova que as equipes grandes estão muito próximas umas das outras neste ano. A disputa está apertada. Vamos ter que trabalhar duro nas próximas semanas para desenvolver o carro e os pneus", afirmou o diretor esportivo da Ferrari, Jean Todt.
Schumacher foi pelo mesmo caminho. "A competição vai ser cada vez mais acirrada", disse o piloto.
Barrichello quase não tinha o que falar. Palavras dele: "Não tenho muito o que dizer sobre essa corrida. Foi muito chata, não havia o que fazer. Para mim, foi como estar com pressa no trânsito e só pegar os semáforos fechados."
Na largada, o brasileiro perdeu uma posição para Fernando Alonso, da Renault. A partir daí, não conseguiu mais passar ninguém, nem mesmo nos pits. Schumacher ganhou duas posições nos boxes.
Tachado de "desmotivado" pela imprensa italiana na última semana, o piloto brasileiro deve ser alvo de mais críticas nos próximos dias.
Desde o GP Brasil, quando largou na pole e abandonou com pane seca, o brasileiro não vem fazendo boas provas. Foi terceiro na Espanha e na Áustria, sem atacar, respectivamente, Alonso e Kimi Raikkonen. E, ontem, colheu seu pior resultado em Mônaco desde que chegou à Ferrari.
"Estou tranquilo. Não tenho nenhum peso nos ombros. Se eu entrar com uma vontade desesperadora para conseguir resultados, isso só vai me fazer mal", declarou o piloto, que perdeu a terceira posição no Mundial para Alonso. (FSX)


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