São Paulo, sexta-feira, 02 de junho de 2006

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Copa 2006

Mineiro viaja e será "alienígena" na seleção

Nilton Fukuda/Folha Imagem
O são-paulino Mineiro acena no embarque à tarde em Cumbica


Carreira "caseira" destoa de maioria dos jogadores de Parreira

Fiel à sua habitual discrição, volante se despede em SP cercado por torcida eventual e promete apenas foto com Ronaldinho para o filho


DOS ENVIADOS A WEGGIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Mineiro chega hoje para compor um grupo que promete recebê-lo de portas abertas, mas que não combina com ele.
O perfil médio dos 22 convocados é bem diferente do são-paulino, chamado para substituir o lesionado Edmílson, que teve o joelho operado com sucesso ontem, em São Paulo e se recuperará em 40 dias.
Mineiro fez toda a sua carreira no futebol paulista -passou por Rio Branco, Guarani, Ponte Preta, São Caetano e São Paulo. Isso mesmo já tendo passado dos 30 anos. Seus colegas, na maioria dos casos, deixaram o Brasil bastante jovens.
Dessa forma, só tem o português como língua, enquanto outros jogadores da seleção falam mais de dois idiomas. Num time que fatura milhões com publicidade e tem jogadores bastante marqueteiros, Mineiro é quase um "alienígena".
Sua fonte de receita é basicamente o salário e até ontem, no seu embarque para a Suíça, exibia desconforto com a fama, em escala mundial, repentina.
Vestido de camisa listrada, Mineiro embarcou ontem, no aeroporto de Guarulhos, para se juntar à seleção. Um burburinho de imprensa e cerca de 50 torcedores causaram breve mudança na rotina de Cumbica. Fiel ao estilo discreto que lhe deu o apelido, prometeu apenas tirar uma foto com Ronaldinho para presentear o filho Juan Pablo, 4. "Ele está orgulhoso de ter o pai ao lado do ídolo dele", declarou Mineiro.
Até na composição física Mineiro é muito diferente da sua nova turma. Com 1,69 m (de acordo com o São Paulo), ele é o segundo jogador mais baixo da seleção na Alemanha. Seus 65 kg são também o menor peso entre os 23 convocados que vão buscar o hexacampeonato.


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