São Paulo, sábado, 02 de junho de 2007

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Sem fazer alarde, Corinthians decide dispensar Marinho

Mais caro do que titulares, zagueiro descobre estar fora dos planos de Carpegiani e negocia rescisão amigável de contrato

Apesar de poder seguir com treinos no Parque São Jorge, jogador preferiu, desde ontem, passar a se exercitar em horários alternativos


PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC

Sem fazer barulho, o Corinthians dispensou outro jogador com quem não pretende contar nesta temporada. O zagueiro Marinho foi informado pela direção do clube de que não está nos planos do técnico Paulo César Carpegiani e propôs a rescisão amigável do contrato que acabaria em dezembro.
No encontro, realizado na noite de anteontem, Marinho ouviu de diretores que ele está livre para procurar outro clube, pois o Corinthians não pode ter como reserva um atleta que ganha mais do que todos os titulares de sua posição no time.
As partes não chegaram a assinar oficialmente o destrato, pois o atleta pediu para consultar seus conselheiros antes de oficializar o acordo da saída.
A saída de Marinho, entretanto, não se parece com a de nenhum dos outros sete jogadores afastados pelo clube. Ao contrário do que ocorreu com Roger, Paulo Almeida e outros preteridos por Carpegiani, o zagueiro não foi afastado do grupo nem teria a sua rescisão divulgada até que arranjasse um novo time para jogar.
Isso porque a dispensa do defensor foi decidida por Carpegiani baseado apenas em critérios técnicos -Roger e Paulo Almeida, por exemplo, tiveram problemas disciplinares com o treinador e sua comissão.
A deferência especial no tratamento da virtual saída do zagueiro teve ainda outro motivo. Carpegiani entende que Marinho tem, de fato, falhas técnicas, mas que, comparado com outros afastados oficialmente e que agora treinam no CT de Itaquera, é mais "esforçado".
Marinho, no entanto, não quis se manter no meio do elenco que disputa o Brasileiro. Ontem ele não treinou no Parque São Jorge. Preferiu passar a se exercitar em horários diferentes do time, já que não há mais a possibilidade de ser escalado por Carpegiani.
Antes de cair em descrédito com a diretoria e ser colocado de lado pela atual comissão técnica, Marinho passou por um período de titularidade quase absoluta, quando Emerson Leão comandava o elenco.
Mas, desde a troca de treinador, o jogador tem ouvido da diretoria que suas falhas em jogos do Corinthians já tinham passado dos limites. Nos treinos, Marinho não era utilizado nem no time reserva. Ficava, muitas vezes, praticando finalizações com outros atletas e com o auxiliar Cláudio Duarte.
A demora entre a chegada de Carpegiani e, agora, a dispensa de Marinho aconteceu porque a diretoria não queria se desfazer do atleta antes de contratar novos jogadores para a posição. Só depois da chegada de Zelão e, mais recentemente, da contratação de Cadu (também ex-Bragantino), o clube do Parque São Jorge colocou em prática a idéia de não mais contar com o zagueiro de 30 anos.


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