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Antes de pegar "carrasco", seleção sofre com Friend
Canadense traz problemas ao time, que encarará o paraguaio Cabañas em breve
Brasil 3
Canadá 2
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A SEATTLE
Daqui a poucos dias, a seleção terá pela frente o paraguaio
Cabañas, carrasco dos times
nacionais na Libertadores, e o
argentino Messi, um dos três
melhores do mundo em 2007.
E, pelo que ocorreu na noite
de sábado em Seattle, na vitória
em amistoso sobre o Canadá
por 3 a 2, o time de Dunga sofrerá nos jogos das eliminatórias da Copa dia 15, em Assunção, e 18, em Belo Horizonte.
Comandados por Friend, um
atacante de 27 anos e com declarados 95 kg para apenas 1,83
m, os canadenses fizeram a defesa brasileira sofrer, justo no
confronto que marcou a volta
de Juan e Lúcio juntos à zaga
depois de mais de seis meses.
Foram 11 finalizações do Canadá, uma a mais do que o Brasil. E, além dos dois gols, o time
teve chances claras, penetrando livre na área, ganhando quase todas no jogo aéreo e fazendo
astros brasileiros cometerem
erros grosseiros, como no primeiro gol dos canadenses, que
empatou a partida depois de
Diego, após jogada de Robinho,
abrir o placar aos 4min.
Em longo cruzamento para a
área, o goleiro Júlio César saiu
de forma atrapalhada e viu
Friend marcar de cabeça.
"Foi um erro de cálculo, sem
dúvida era uma bola em que eu
deveria ter saído melhor. O atacante deles, o Dunga já tinha
me alertado, saltava bem. Durante a partida, ele incomodou
muito, tanto a mim como aos
zagueiros", reconheceu o goleiro, que, depois, acabou se redimindo ao salvar dois gols que
pareciam certos para o Canadá,
que até então havia empatado
duas vezes em dois jogos contra
o Brasil principal.
Os treinadores dos dois times reconheceram que o Canadá criou demais para a sua força. "Foi surpreendente", disse
Dale Mitchell, o comandante
do time da camisa vermelho sobre o número de chances criadas. "Isso sempre preocupa",
falou Dunga, sobre o tema.
Sorte para o Brasil que justo
quando era mais dominado, no
final do primeiro tempo, Luis
Fabiano, de cabeça, marcou e
colocou o time em vantagem
antes do intervalo.
Porém a seleção continuou
apática no segundo tempo e
não demorou para os canadenses empatarem em chute de
Guzman, que teve liberdade
para bater da entrada da área.
Só que o mesmo Guzman, o
destaque do jogo, errou feio um
passe e deu a chance para Robinho decretar a vitória.
Os defensores não quiseram
assumir sozinhos o desempenho ruim do setor. "Se o ataque
não funciona bem, sobrecarrega a defesa, porque a bola não
pára na frente e fica sempre em
domínio da equipe adversária,
que assim têm mais chances",
analisou o lateral Gilberto.
Todos no Brasil apontaram o
fato de a maioria do time estar
em férias pelo fraco desempenho, a começar por Dunga, que
espera dificuldades de sua
equipe para segurar Cabañas.
"Ele é um jogador técnico,
chuta bem com as duas pernas,
sabe jogar, tem bom posicionamento na área, Apesar de algumas pessoas não verem dessa
forma, ele tem cinco gols contra times brasileiros [nesta Libertadores, e na verdade foram
"só" quatro]. Só isso demonstra
que ele tem qualidade e faro de
gol", disse o treinador.
A seleção viajou ontem de
Seattle para Boston, onde pega
a Venezuela na sexta-feira, no
último teste antes dos desafios
contra Paraguai e Venezuela.
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