São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2008

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Dunga ganha tempo raro para treinos

DO ENVIADO A SEATTLE

Fato raro, a seleção brasileira tem a chance de treinar bastante nas próximas semanas -serão quase 15 dias de treinos, nos Estados Unidos e em Teresópolis.
Mas, com a justificativa de que os jogadores que atuam na Europa estão no final de temporada, Dunga não celebra essa fartura.
"Tenho vários dias de treino, mas não posso treinar com intensidade, senão posso arrebentar os jogadores", falou o treinador gaúcho, que viu o difícil triunfo contra o Canadá como uma forma de "evitar problemas".
Para Dunga, o essencial agora é dosar com cuidado a carga de trabalho.
"Tem que ser no limite, nem muito leve nem muito forte. Como eles ficaram parados alguns dias, teremos que dar uma intensificada, mas com bastante cuidado", disse o técnico.
Os jogadores, na sua maioria, preferem não opinar sobre o grau de intensidade dos treinos e a questão do final da temporada européia.
"A comissão técnica sabe o que fazer. A gente tem um tempo até a próxima partida e mais um tempo para os jogos das eliminatórias. Vamos chegar bem e fazer grandes jogos", disse Luis Fabiano, atacante que ganhou espaço na equipe nacional no ano passado e segue bem no time.
"Vamos respeitar o que o Dunga decidir", falou Alexandre Pato, que entrou no segundo tempo contra o Canadá e teve atuação discreta -ele havia começado bem sua trajetória no Brasil principal, até marcando gol.
Após o jogo em Seattle, Adriano tinha uma proteção no joelho, mas, segundo ele, isso não será problema para o jogo contra a Venezuela. Mas, para esse confronto, o são-paulino reconhece que suas chances de começar jogando são pequenas.
"Começar como titular é difícil. Cheguei ao grupo agora, e o Dunga já tem idéia de quem começa jogando", afirmou o ainda jogador são-paulino, que se vê hoje com 70% da forma que tinha em 2005, ano que mais brilhou com a camisa da seleção.
Adriano deve fazer ao menos mais um jogo pelo São Paulo antes de voltar para o futebol europeu.
Além das férias, os jogadores e Dunga ainda apontaram outros motivos pela fraca performance contra os canadenses. Para o treinador, o gramado pesado atrapalhou. Segundo o goleiro Júlio César, a viagem para Seattle com escalas também foi preponderante. (PC)


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