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Dunga ganha tempo raro para treinos
DO ENVIADO A SEATTLE
Fato raro, a seleção brasileira tem a chance de treinar
bastante nas próximas semanas -serão quase 15 dias de
treinos, nos Estados Unidos
e em Teresópolis.
Mas, com a justificativa de
que os jogadores que atuam
na Europa estão no final de
temporada, Dunga não celebra essa fartura.
"Tenho vários dias de treino, mas não posso treinar
com intensidade, senão posso arrebentar os jogadores",
falou o treinador gaúcho, que
viu o difícil triunfo contra o
Canadá como uma forma de
"evitar problemas".
Para Dunga, o essencial
agora é dosar com cuidado a
carga de trabalho.
"Tem que ser no limite,
nem muito leve nem muito
forte. Como eles ficaram parados alguns dias, teremos
que dar uma intensificada,
mas com bastante cuidado",
disse o técnico.
Os jogadores, na sua maioria, preferem não opinar sobre o grau de intensidade dos
treinos e a questão do final
da temporada européia.
"A comissão técnica sabe o
que fazer. A gente tem um
tempo até a próxima partida
e mais um tempo para os jogos das eliminatórias. Vamos
chegar bem e fazer grandes
jogos", disse Luis Fabiano,
atacante que ganhou espaço
na equipe nacional no ano
passado e segue bem no time.
"Vamos respeitar o que o
Dunga decidir", falou Alexandre Pato, que entrou no
segundo tempo contra o Canadá e teve atuação discreta
-ele havia começado bem
sua trajetória no Brasil principal, até marcando gol.
Após o jogo em Seattle,
Adriano tinha uma proteção
no joelho, mas, segundo ele,
isso não será problema para
o jogo contra a Venezuela.
Mas, para esse confronto, o
são-paulino reconhece que
suas chances de começar jogando são pequenas.
"Começar como titular é
difícil. Cheguei ao grupo agora, e o Dunga já tem idéia de
quem começa jogando", afirmou o ainda jogador são-paulino, que se vê hoje com
70% da forma que tinha em
2005, ano que mais brilhou
com a camisa da seleção.
Adriano deve fazer ao menos mais um jogo pelo São
Paulo antes de voltar para o
futebol europeu.
Além das férias, os jogadores e Dunga ainda apontaram outros motivos pela fraca performance contra os canadenses. Para o treinador, o
gramado pesado atrapalhou.
Segundo o goleiro Júlio César, a viagem para Seattle
com escalas também foi preponderante.
(PC)
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