São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2008

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Treinamento de largada evolui para recorde

DA REPORTAGEM LOCAL

O Mundial juvenil de 2002 marcou o surgimento de Usain Bolt. O ouro nos 200 m deu projeção ao jamaicano. Mesmo assim, ele -até agora- estava na sombra de outros compatriotas.
Não era o mais badalado.
A história até o feito de ontem começou a ser construída graças a um desejo de Bolt. Ele sempre competiu nos 200 m e nos 400 m.
Há dois anos, o atleta pediu a seu treinador para correr os 100 m, principalmente porque não pretendia disputar a prova dos 400 m. O técnico Glen Mills aceitou a sugestão de seu pupilo.
O argumento era que os 100 m poderiam servir como aperfeiçoamento para o "trabalho de velocidade". Ou seja: ajudariam Bolt a melhorar sua largada, ponto que ele considera ainda falho.
Os 100 m não seriam a principal prova do jamaicano, pelo planejamento realizado com seu treinador.
No ano passado, na lista dos melhores tempos da temporada, o nome de Bolt aparecia apenas em 32º lugar nos 100 m, com 10s03.
Em menos de um ano, ele baixou sua marca na prova para 9s72, seu recorde.
Com 1,93 m, segundo dados da Iaaf, a entidade que comanda o atletismo mundial, o jamaicano é considerado alto para os padrões dos competidores de 100 m.
O norte-americano Justin Gatlin, campeão olímpico na prova em Atenas-2004, mede 1,85 m. Maurice Greene, também dos EUA, ex-recordista mundial, tem 1,76 m.
Aos 21 anos, Bolt coleciona feitos na carreira. Em 2004, aos 18, tornou-se o primeiro atleta júnior a completar os 200 m abaixo dos 20s. Sua marca de 19s93 ainda permanece como a melhor de todos os tempos na categoria.
Na página da Iaaf na internet, antes do recorde de ontem, Bolt era descrito como "o futuro dos 200 m". Já virou o presente dos 100 m.


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