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Treinamento de largada evolui para recorde
DA REPORTAGEM LOCAL
O Mundial juvenil de 2002
marcou o surgimento de
Usain Bolt. O ouro nos 200 m
deu projeção ao jamaicano.
Mesmo assim, ele -até agora- estava na sombra de outros compatriotas.
Não era o mais badalado.
A história até o feito de ontem começou a ser construída graças a um desejo de
Bolt. Ele sempre competiu
nos 200 m e nos 400 m.
Há dois anos, o atleta pediu a seu treinador para correr os 100 m, principalmente
porque não pretendia disputar a prova dos 400 m. O técnico Glen Mills aceitou a sugestão de seu pupilo.
O argumento era que os
100 m poderiam servir como
aperfeiçoamento para o "trabalho de velocidade". Ou seja: ajudariam Bolt a melhorar sua largada, ponto que ele
considera ainda falho.
Os 100 m não seriam a
principal prova do jamaicano, pelo planejamento realizado com seu treinador.
No ano passado, na lista
dos melhores tempos da
temporada, o nome de Bolt
aparecia apenas em 32º lugar
nos 100 m, com 10s03.
Em menos de um ano, ele
baixou sua marca na prova
para 9s72, seu recorde.
Com 1,93 m, segundo dados da Iaaf, a entidade que
comanda o atletismo mundial, o jamaicano é considerado alto para os padrões dos
competidores de 100 m.
O norte-americano Justin
Gatlin, campeão olímpico na
prova em Atenas-2004, mede 1,85 m. Maurice Greene,
também dos EUA, ex-recordista mundial, tem 1,76 m.
Aos 21 anos, Bolt coleciona
feitos na carreira. Em 2004,
aos 18, tornou-se o primeiro
atleta júnior a completar os
200 m abaixo dos 20s. Sua
marca de 19s93 ainda permanece como a melhor de todos
os tempos na categoria.
Na página da Iaaf na internet, antes do recorde de ontem, Bolt era descrito como
"o futuro dos 200 m". Já virou o presente dos 100 m.
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